Prefácio
A minha análise cingir-se-á numa apreciação do conteúdo formal mas dos grandes eixos das temáticas desenvolvidas pelo Bussulo Dolivro. Assim logo de partida, ao ler o título da obra, o leitor avisado tem a sensação de estar perante João Maiomona ou mesmo até Aimé Césaire. Nota-se na linguagem deste conjunto de poemas a afirmação de uma dualidade, em que o autor faz transpirar e transparecer um e o sentimento profundo de um ser, herdeiro de uma catástrofe mas com a esperança de que ainda existe a possibilidade de ressuscitar (…) as imagens que o mesmo faz surgir, são aquelas que tentam reconstruir o sonho dos antepassados, sonho de viver melhor, mas atrofiados por aqueles que ele designa metaforicamente de “seres de corações atrofiados”.
Bussulo define nos gritos e penumbras a sua missão enquanto poeta. Esta missão é multiforme: antes de mais a de despertar as consciências que leva o homem a responsabilizar-se e de assumir-se com lucidez. Com esta missão ele luta contra os males que assolam (o caminho do homem e o destino das sociedades), como é a sua linha de pensamento.
A base da acção do poeta, pode-se sentir a sabedoria humana em que se cruzam a dupla dimensão carnal e espiritual e adquire sentido, formas, consistência e eficácia com a cumplicidade do tempo e espaço.
Ao escutar a musicalidade desta obra, o poeta apresenta-se como uma vítima do por acaso da natureza, como alguém afectado negativamente pelo curso da história e pelas suas consequências negativas. Esta situação o torna persistente. Nesta fase em que se escreve a humanidade, caracterizada pela ansiedade para alguns e o desespero para outros, a acção de Bussulo Dolivro é a de conservar a esperança.
Portanto, a poesia pode ser vista de várias formas e a forma como é concebida determina a poesia que se canta. Uma poesia real e simples e não realista e simplista, uma poesia de negação e de esperança, seguindo os traços de Maiomona, Paxe e mesmo até de Césaire, de Damas ou Franz Fanon. Isto parece natural, porquanto a vida da poesia se desenrola segundo uma “linhagem dinástica”. Os poetas tornam-se antepassados de outros poetas.
Professor. Bukusu
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
prefacio da obra GRITOS E PENUMBRAS, POR NBUKUSO, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO uan
Prefácio
A minha análise cingir-se-á numa apreciação do conteúdo formal mas dos grandes eixos das temáticas desenvolvidas pelo Bussulo Dolivro. Assim logo de partida, ao ler o título da obra, o leitor avisado tem a sensação de estar perante João Maiomona ou mesmo até Aimé Césaire. Nota-se na linguagem deste conjunto de poemas a afirmação de uma dualidade, em que o autor faz transpirar e transparecer um e o sentimento profundo de um ser, herdeiro de uma catástrofe mas com a esperança de que ainda existe a possibilidade de ressuscitar (…) as imagens que o mesmo faz surgir, são aquelas que tentam reconstruir o sonho dos antepassados, sonho de viver melhor, mas atrofiados por aqueles que ele designa metaforicamente de “seres de corações atrofiados”.
Bussulo define nos gritos e penumbras a sua missão enquanto poeta. Esta missão é multiforme: antes de mais a de despertar as consciências que leva o homem a responsabilizar-se e de assumir-se com lucidez. Com esta missão ele luta contra os males que assolam (o caminho do homem e o destino das sociedades), como é a sua linha de pensamento.
A base da acção do poeta, pode-se sentir a sabedoria humana em que se cruzam a dupla dimensão carnal e espiritual e adquire sentido, formas, consistência e eficácia com a cumplicidade do tempo e espaço.
Ao escutar a musicalidade desta obra, o poeta apresenta-se como uma vítima do por acaso da natureza, como alguém afectado negativamente pelo curso da história e pelas suas consequências negativas. Esta situação o torna persistente. Nesta fase em que se escreve a humanidade, caracterizada pela ansiedade para alguns e o desespero para outros, a acção de Bussulo Dolivro é a de conservar a esperança.
Portanto, a poesia pode ser vista de várias formas e a forma como é concebida determina a poesia que se canta. Uma poesia real e simples e não realista e simplista, uma poesia de negação e de esperança, seguindo os traços de Maiomona, Paxe e mesmo até de Césaire, de Damas ou Franz Fanon. Isto parece natural, porquanto a vida da poesia se desenrola segundo uma “linhagem dinástica”. Os poetas tornam-se antepassados de outros poetas.
Professor. Bukusu
A minha análise cingir-se-á numa apreciação do conteúdo formal mas dos grandes eixos das temáticas desenvolvidas pelo Bussulo Dolivro. Assim logo de partida, ao ler o título da obra, o leitor avisado tem a sensação de estar perante João Maiomona ou mesmo até Aimé Césaire. Nota-se na linguagem deste conjunto de poemas a afirmação de uma dualidade, em que o autor faz transpirar e transparecer um e o sentimento profundo de um ser, herdeiro de uma catástrofe mas com a esperança de que ainda existe a possibilidade de ressuscitar (…) as imagens que o mesmo faz surgir, são aquelas que tentam reconstruir o sonho dos antepassados, sonho de viver melhor, mas atrofiados por aqueles que ele designa metaforicamente de “seres de corações atrofiados”.
Bussulo define nos gritos e penumbras a sua missão enquanto poeta. Esta missão é multiforme: antes de mais a de despertar as consciências que leva o homem a responsabilizar-se e de assumir-se com lucidez. Com esta missão ele luta contra os males que assolam (o caminho do homem e o destino das sociedades), como é a sua linha de pensamento.
A base da acção do poeta, pode-se sentir a sabedoria humana em que se cruzam a dupla dimensão carnal e espiritual e adquire sentido, formas, consistência e eficácia com a cumplicidade do tempo e espaço.
Ao escutar a musicalidade desta obra, o poeta apresenta-se como uma vítima do por acaso da natureza, como alguém afectado negativamente pelo curso da história e pelas suas consequências negativas. Esta situação o torna persistente. Nesta fase em que se escreve a humanidade, caracterizada pela ansiedade para alguns e o desespero para outros, a acção de Bussulo Dolivro é a de conservar a esperança.
Portanto, a poesia pode ser vista de várias formas e a forma como é concebida determina a poesia que se canta. Uma poesia real e simples e não realista e simplista, uma poesia de negação e de esperança, seguindo os traços de Maiomona, Paxe e mesmo até de Césaire, de Damas ou Franz Fanon. Isto parece natural, porquanto a vida da poesia se desenrola segundo uma “linhagem dinástica”. Os poetas tornam-se antepassados de outros poetas.
Professor. Bukusu
gritos e penumbras traduzida oara inglês
Here, Jaz THE Óscar Of A People
You that pass, and you step my ground!
Here, men were born whose memory got lost in vain;
they grew and my siblings lived
That you/they never invited - me á monotony of the life!
There,
Jaz my enemy's body… hung
In the bow of the dawn,
Here, he/she survives the thought of a people that
He/she knew how to wait, under the sun, and among the sieves, in the marches
Postponed of men that were never citizens
Here jaz the shadow of a people distributed by the reflex of the
Tradition! That you/they put of part god's essence, and on the
Cavities of the glance of the influence, transformed the societies
In film films
In these roads,
The footprints are marked canceled by the destiny
In these walls; the testimony of the ignorance!!!
In the grave, singing dry of his/her honor and of his/her generation!
Here jaz the word of a glorious one (!)
The Defendant AND THE Hammer
Today I am defendant between the verb and the sword
Of the stain of the atrophic hearts, I became torn
Of this left and of the powder of the Utopian imagination
Of this ceremony,
I didn't hurt anybody to be propalado,
Nor I stole to be sung and sought,
I lose common sense like this in doubting of a defect that the
Hammers made to believe me…
They presume in this summary, lives somewhere lost!
They are in charge of in the emptiness of this abyss
Behind the sleepy speeches and to the eyes of who
It will go wait the difference between the hand and the sky (…)
In this indefinite condition, advocated by polygamists
And a mercenary to the service of the Utopia,
I exalt myself without fear of the nail… and of the ingrate hammer in the
Incoherence of this audience…
They presume in this summary, lives somewhere lost!
My truth will be the force of your satisfaction
My roots will be… the reason of your inhumation!
Today I am defendant,
In the inside cover of this jungle!!!
Speeches on (In the) Stone
I left of mouths and no longer speeches to the poor,
Looking with the arms lassos that never
They gave me to chew,
I don't know the notes, I never had voice nor vitality for
tussir… with my feet lacerated in the tracks…
I never saw so far where it could go! Nor in the transverse ones
Of this stolen illusion,
I am among the wreckage of this age,
To travel crumbs only to reach the happiness
That I lost, and the ignorance that took care of mine to travel
Already, I don't encourage the eyes of the left… it wastes her, I am
The expectation deprived in the decomposition of that anxiety
The implacable atracção in each note,
Don't count on me, I am in a hurry of dying, no longer
I want to feed the hope of believing in the existence
Of those that saddened me; seating in my effort
Smiling my anger
Don't count on me
I know that you are in the sleep and you don't understand this atracção,
The inflection of his/her reality with the Utopia of that song (…)
Your only desire is in the dawn of your dreams,
In falling of his/her precocious old age, and in the irrational imediatismos of this
Rocha,
Without you notice what moves you and the
Who drives you;
The Grave Of the Conscience
The past and the present crossed, and I admit of
Empty mouth that I am not friend of those carnivorous ones,
I am… a statement thereabout spoiled among the processes
More strangers of the cave;
I suffer of barleys and diabolismo for having
Smoked the children of the it recounts, that you/they sickened mine
Sensitive routine, without difference with the grave…
Some speak others criticize,
those don't say nor they buzz!
I scream, tearing the silence more cold of this cerimónia!!!
Like this, I cannot hate myself, nor to hang the road;
The rock is ambiguous and he/she brings the judgement in the curves of the boredom!
It is… the end of the eyes in the vague nights, when the bed
It seduces the trunk and it invites the unexpected
For a trip to the subconscious!
Same Passos in the geometry of the I silence
The same glances and to judge in the evolutionary theory of the chair,
With the same of the defeat that barked the out of tune hymn
In the compass of each dark glance,
The same letters of the world
The setback of the memory, the farce of the black pieces
The same plans in the geometry of the slavishness that
He/she examines my siblings' thought!!!
I got tired of rating the teeth to the shoulders
I tired of the imposed hypocrisy, and of this yellowish light
I tired of the steps that don't speed up me to look
Ace series cómicas of filthy actrizes, and stories
Of the ember, colored synopses of the renouncement!
Red languages and comments that it falls asleep
The rotation of the deck of cards
Oh… steps gangrene, whitened by the holes
of the irreversibilidade,
It is shredded by the public that you/they sing blind it operates her
In the guard-fact of the late verse!
The same glances and to judge
in the evolutionary theory of the masses
(II) I Walk Of A Lost City
The road trodden by some, it is
Replete of dirt, they impeded to undress
Of Dionísio in the libertinism of my intolerance…
The iniquitous ones are entrust, and the slaves crawl her in the
Submission of the sermon, other in the perverted ideas
Of a condemned city!!!
When above all.
In the heart of each one
He/she crawls blindly doubts her if they go or they are in this scenery,
They spell her/it the pain inherited of a diary
The course is long, where he/she murmurs the destiny
The impulsive game of each road,
Where many will stay as spectators!
Hearing voices of the they haul…
Where the paint and the paper will be chewed of hunger…
And the own replete hunger of indifferent dreams…
Voices Of one Era
(1989 China)
I am the well-being and the interrogation in the
Beards of the intelligence, I Come from the distant lands the
He/she seeks of the bale, water for the skin and sense
for the masks, in the arena of the programmed epidemics;
It is enough… to touch the square conscience of one era,
Raped, to understand the hasty rhythm for the
He/she envies of an audience anónima
I was born in this concept, sowing the hope
in the baseboards of each text that gave me
to eat;
It wastes her/it unnoticed step and lament the zungueira
thrown by the force of the canine teeth to the jaws of the rage (…)
Here my voice is fónica in the metric obtuse,
Messing up the beards of mistaken memoirs!!!
Of the divulged concepts, my glance is rebellious,
Where I am seating, reflectindo the past of a future
in the absence of the signs of the life of each one (…)
Among the universe fónico, I am the subject in the headers
Of the grammar anónima (!!!)
The zebra forgotten in the composition of the colors;
To This Of the Hands Of this Universe
(1970 Polónia)
I heard screams of the razão…na language of warriors
Children and starving and pale breasts lost, old
of fever, some died other trafficked and used in the
inhospitable lashes, on the discursive cavities of these and
of those inhuman ones!
Like this, I spoke about the world in the sheets of the pardon,
Of that suburb… in the third step of the capitalism,
The noxious and immoral rehearsal of the ideas pandemónikas, of the
systems selváticos and of the misfortunes you inform,
Africa in the geometry of the slavishness, where nobody
he/she sees the diplomacy of the conformism and the submission of the
my siblings
Continuing to hammer her/it those minds…
That you/they rehearse the only form of exalting the greatness!
Destroying the sense in the universe, and the universe in a sense
They bend you on the silence of a revolt; the reasons of the
human depreciation, reflectindo the road of the skin
in the triangle
It won't be with these hands and minds that it will be believed
In the capital, that he/she handles and it excites the fingers in this hemisphere
Egocentric, and the spirituality to east of this
Universe?...
The Lance Of the Grave In the Epic
(1073 Vietname)
You were found decreased in the tracks of one
desert 100 earth, where false feelings crawled,
when the men that presumed arrived
to poison his/her fetus of cereals, behind
Of the epic.
Of the pursuits that you didn't provoke and you laugh yourself
in the promised breasts of a Childhood lacónica;
On this side,
The mystic has this note, without pause nor you/he/she causes
seeking in the track the mask that is not of house
or else of vagabonds, prostitutes and
Infertile pictures!
On the other side,
The need in surviving of this parallel hunchback
Where many don't find the natural tracção of the
Things,
Like this, they won't sing nor they will dance!
Living pendants of the soul and of the noxious spirit of the
Meat,
I don't want that renasças to die (…)
Of knowing that tomorrow will become sad (…)
And I won't have colors in the lips to do to resuscitate you;
2 seconds Before the Dawn
(1979 Afghanistan)
I
My sudden steps
My soul epítóme in the privilege of the tears,
I am the voice áfona in the crowd of the skin, the
Possessed heart in the obsession of the arrogance…
Two seconds before the dawn,
Hairy thoughts in the file of that
To get late, childhood lacónica of a
Film In the anguish of filing the
Shadow of this dream
II
They were plane you get up early descending of the hole
Without antecedents on this abrupt dawn,
I sing in this melody in notes that nobody
He/she knows the central harmony, breaking the rectângulo
In the insolence of this obstinacy nocturna;
The steps flew moaned in the agglutination of the farce
Denied, rejected and politicized by worms of the chair
That you/they postponed the despair of a sudden dream;
III
Dreams of the voices that nailed the farce in wood,
The voices that assemblies hibernate and they atrophy the abuses,
I saw them protagonists of the city,
Actores of the polluted streets and people of the reasonable powder!
Here, My Lágrimas Anoitecem
(1980 Egipto)
No longer they import the fires of the freedom
As well as no longer I am in a hurry of being wrong
And to live, because, all applauses in the nectar
Of the emotion they have strange senses,
Is there still cloudy water in these hangers?
The charlatães are washed, in this game, been hit and
Chained seating;
I already went white in the debates and, in the applauses of the audience,
Zungaram poisons to dry my lips
They silenced the nakedness in the rocks! Where the steps
They announced the eras, of the foolishness of my generation!
Care with what does me!!!
The steps marked in the ground don't retreat in vain,
There is still a to sing in the glance of this to spell;
They get lost in the time and they scorch sayings
They stand back of me and they renounce my true ones
Pictures, "here my tears anoitecem"
(…) Who will describe my sense itinerary
To this present, behind the credits that don't arrive?
Of this inebriant mourning of promises to divided steps?...
Who?
In the Twilight, Of the Dreams
(1984 Sudan)
The perplexed and rigid feet were retaken, when
They threw the burned hands in the prayer…
The shadow of the lives fled, the bodies of the souls fled,
Degenerate properties in the coordinates
Of this twilight…
He/she began like this, the hymn in a glance maze,
The naked clarity of the clouds, under the harmony us
Cathetus of that immobility, now in the handcuffed palms;
(…) Conscientiously they joined the hands in fever,
Everything because there was not space to see the dreams (…)
The choir is the same, and…
It was left like this... in the dependence of the innocent ones and
Independent of the pursued shadow,
I take oath to the that see and they heard in the twilight of the dreams!
Invitation the Grave (I) (1968 France)
Unfortunate seating in these stones
With the feet in auction, jump as
1 thumb-tack screaming as the cicada,
and I already died vary Times (…)
I am with the watery skeleton
Borrowed, to support
The methods of a consumerism
Flotation that it is wasted
As the alienated waves of the
Film of this empire,
I don't need edges nor of fairs
I stay of the coats of mine
Emanation, in the Utopian formation of this weakness
I am not and I was never the result
Of the experiences Erróneas, profited from him/it
done in punishment
No longer I predict your calendar
I am distant of the earth and closer
Of the stars
In the profundity of the empty darkness
In the profundity of the coldest sands
Observation of the meat, I have if bomb
my heart
It is not clock, I didn't go arquitectado
To be painted,
No longer I need sermons to be
Photographed,
I am, the request in person,
Like this, exclude me of this map
Volatile
The filed epistle!
(1955 Bandung)
Oh!
People pravo… these bodies are the theories of the
Certainty of your probatory laboratory in plaintive,
I will speak to the serpent;
In nights of embittered plenilúnio…
(…) Although the scaffolds drink of this rehearsal
My existence in this grace will be the will of spitting
The points and the commas of the epistle;
The morning even I will leave and I don't know where go,
Out of this parallel one,
They will comment on the hard chests that you/they don't dance, the weak ones
Disturbed, alienated; it is just a part on the sides
In the saying of the mug, that the pen is going to the lips!
Of red eyes sat down here will continue,
The madam's wait polished by the escribas,
In front I don't go! Behind never I will return,
Here scribble collecting the past of disgusting rags
I raise the picture faithful of my monstrous scream
The hunger in his/her military state, writing as
He/she could not shout (…) In the intuition of that controversy
Asking for a candy to chew,
For the serpent today is everything,
Nothing else except the result of the dispute that you/they don't crawl
To my favor, the secret of the rope nocturna to the smiles of the
His/her favor, this way padecerei…assim will be!
The Poison Of the Generations (1942 Washington)
They call me drink
I intoxicate chairs and I depreciate ladies,
I am competed when I command my followers,
Some they know me, others ignore me for never
Having kissed;
I atrophy hearts and damage the premature homes
I shine in each corner, where I make couple with the
Will of the meat!
I am the mask of the tribunals, mourning against the
The men's honesty to god!
I show the continuation of the true world
Activando the for the that prohibited in the garden
I obscure the personality of anybody,
I irritate his/her throat, when I slip as
Tar in their lungs, I reduce his/her vision,
The capacity to think and I give you the tuberculosis
Before the mass!!!
I am fabled!
Cosmopolitan, for that the titles are going of marijuana
Crack á cocaine; my register is original for
Each people!
I am the happiness of the demonstrators, the strikers' face
I am in the celebrities' curriculum,
I am the tetanus of the suburb, the despair of a nation.
I am where there are women and devil (…)
Nobody Clamor the Door
(1945 April)
In the shadow of this station
He/she finishes the ambiguous session, to the voice of the crowd
Handcuffed in the rhythm of the tragedy!!!
The sentence of the martyrs falls, it is read the paragraph 75 in the faith of the
To can, of a reality ingénua,
Therefore, they open up the fires!!!
The word arrived in the earth…
The honey of many scapegosts, the sweet interlaced fright
The this terror square, inhuman, immediate and shameful;
In this sway where few they are sought in the pain of these fires
Ó incandescent shadow, frees me of this pestilence
Free the devils of my libertinism, and it burns the illusion
of the chair,
Of the strange thoughts to the smiles of each protocol
I also know that it is the bridge of my emptiness
I hope not to be the end of this drama, I want to continue as
Actor in this persecution… where nobody is condemned the
To leave
Close the door (…) please
The Inversion Of the Rope
(August 6)
The pregoada was that recalcitrant voice
In the dispute for the difference, on a side the listeners,
doutro the dictators of hoods, With the iniquitous ones
ordinances, shameless flattering fanatic
He/she doesn't have science to fall asleep in this race,
cómicas and you nourish them poor story writer's faces!
Mother, we are going to the kimbo where the dispute is the cacimbo
There there are no taxes! The channels make the hoe
They irrigate the stomach and they give breath to that state!
The conscience for new recounts!!!
Let us abandon this complicity soon…
Of wanting to save in newspapers and other processes,
(…) They already abandon this diabolical paradise the
Film cómica of the crucifix…
Our reason is not the market economy, it is
The profit of the force in loving the earth and, to be recognized by the
Nature the harmony of a great share,
That origins are these disorders, I disenchant him/it in the glance
Of each generation; that you/they grew of the search, and they live
without knowing the road for the search…
The rehearsal of my stupidity!
(1931 S. Dalí)
They still hide the glance to the barefoot feet
Wounded and exhausted, that you/they only walk
That to walk in the uncertainty of the conquest and of the abandonment
Cleópatra of this swampland, virus that shakes the malaria memory (…)
Sanctity peta proceridade!
The glance separates me sore spots
Because they repress my preamble? Or else do you know me?
Of the women played to the street; of the children thrown to the strange,
They call me and they serve me the remains of the amateurism,
Collapse me and they embarrass me in pictures (…)
Be rested, no longer I will inconvenience you (…)
They detect in my sanguine composition
The tracks of a late past and badly arquitectado!
That in the daytime and night filled out the reason of the emptiness,
In the sleepiness of well to chatter and encornar the ceremonies!
I give up rehearsing my stupidity for the gods…
I think I am not rights of hearing the heroes,
I am the objecto of my delivery, the rehearsal of mine
Stupidity! I am the bottom of this present, the sign without angle,
I am the word where doesn't have book
The book where doesn't have people, the desert of salt water (…)
Comments
(1929)
Because of wanting to break the word
I lost kicking about me in the legends patience
Of old Europe, to say that I was not born in Belém
There are no magnifying glasses as well as hammer to judge
That presumption, there are no men nor you encourage for
To testify that preaching;
There are no turtles in this machine, no there is
Serpent as in the epistle,
There is yes anxious hypocritical pântanos…e in to cough and to spit
At the same time (…) they begin where they finish and not
They say anything!!!
Of the poles to the flying escribas;
those are not carnivorous
Where one find chew the beards and they salivate the asphalt (…)
I was not born in Belém
So-little in this report,
They call me palanca (…)
In a beggar's voice!
(2600 B.C.)
I don't choose nor I hide the bursts of a
Old lever that falls in the diaphragms of the
Idolatry, and it resounds disparate voices worshipping the beggars
That to chatter humble in the obliteration of the masses,
He/she fills out the emptiness of an asleep rage,
When they wake up, they die how they write and
As if it was not enough don't do how they owe!
They bark out the nights and they torment us to the turn of the banks
I am tamed politically,
You are colonized economically;
He is enslaved culturally!
Us…
They are socially late!!!
Who? - The sentries of the shame!
Let us have hopes siblings in believing
In the certainty that the legends are part of the life,
That the právidos, are also part of the diaphragms
Of the harmony (…)
Miracles That Torment the
He/she gives hope (February 2009)
If it was the hope of such expected wine!
He/she remained silent the voice disturbs of the lucidity and,
He/she became empty the picture of a soap opera;
The friendship that pulled miracles and that it enlarged the
Passos of the revenge!
As well as it was in the beginning the fight
Between the devil and the angels they announce the pain!!!
The shoulders without mark;
They choose hunters for the sea and fishermen for
The schools… all poisoned by the bad luck of the nations,
They wither in the heuristics spitting poisonous goods
For the vulnerable ones
As well as it was in the past the peace
Between Blind men and mute persons it continues!!!
They looked at her/it with the belly… it was bought the míseros
Flying of Gomorra… lethargic of the new it was
They aim at to the stars… they buzz the nights
Tolerant emotional… that die in the stories of the
Occident (...)
If it was the hope of such expected wine!
He/she remained silent the voice disturbs of the lucidity,
The ignored moments and so suspicious
That you/they hugged the blindness of your deceased future
He/she left the acropolis (…)
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
GRITOS E PENUMBRAS "poesia"
Aqui, Jaz O Óscar De Um Povo
Vós que passais, e pisais o meu chão!
Aqui, nasceram homens cuja memória se perdeu em vão;cresceram e viveram os meus irmãos
Que nunca convidaram – me á monotonia da vida!
Ali,
Jaz o corpo do meu inimigo… pendurado
No laço da madrugada,
Aqui, sobrevive o pensamento de um povo que
Soube esperar, debaixo do sol, e entre as peneiras, nas marchas
Adiadas de homens que nunca foram cidadãos
Aqui jaz a sombra de um povo repartido pelo reflexo da
Tradição! Que colocaram de parte a essência de deus, e sobre as
Cavidades do olhar da influência, transformaram as sociedades
Em películas de longa-metragem
Nestes caminhos,
Estão marcadas as pegadas canceladas pelo destino
Nestas paredes; o testemunho da ignorância!!!
Nos túmulo, o cantar seco de sua honra e da sua geração!
Aqui jaz o vocábulo de um glorioso (!)
O Réu E O Martelo
Hoje sou réu entre o verbo e a espada
Da mácula dos corações atrofiados, rasguei-me
Desta esquerda e do pó da imaginação utópica
Desta cerimonia,
Não magoei ninguém para ser propalado,
Nem roubei para ser cantado e procurado,
Assim perco a razão em duvidar de um senão que a
Martelos me faziam crer…
Presumem neste compêndio, vidas algures perdidas!
Ocupam-se no vazio deste abismo
Atrás dos discursos sonolentos e aos olhos de quem
Irá espera a diferença entre a mão e o céu (…)
Nesta condição indefinida, advogado por polígamos
E um mercenário ao serviço da utopia,
Exalto-me sem medo do prego… e do martelo ingrato na
Incoerência desta plateia…
Presumem neste compêndio, vidas algures perdidas!
A minha verdade será a força da vossa satisfação
As minhas raízes serão… a razão da vossa inumação!
Hoje sou réu,
Na contracapa desta selva!!!
Discursos sobre (Na) Pedra
Deixei de bocas e já não discursos aos pobres,
Olhando com os braços lassos o que nunca
Me deram para mastigar,
Não conheço as notas, nunca tive voz nem ânimo para
tussir… com os meus pés dilacerados nos carris…
Nunca vi tão longe onde pudesse ir! Nem nos travessos
Desta ilusão roubada,
Me encontro entre os destroços desta idade,
A percorrer migalhas só para alcançar a felicidade
Que perdi, e a ignorância que tomou conta do meu viajar
Já, não animo os olhos da esquerda… a gora, sou
A expectativa privada na decomposição dessa ansiedade
A atracção implacável em cada nota,
Não contem comigo, tenho pressa de morrer, Já não
Quero alimentar a esperança de acreditar na existência
Daqueles que me entristeceram; sentados no meu esforço
Sorrindo a minha ira
Não contem comigo
Sei que estais no sono e não entendeis esta atracção,
A inflexão da sua realidade com a utopia daquela canção (…)
O teu único desejo encontra-se na madrugada dos teus sonhos,
No cair da sua velhice precoce, e no imediatismos irracional desta
Rocha,
Sem perceberes o que te move e o
Quem te conduz;
A Sepultura Da Consciência
O passado e o presente cruzaram-se, e confesso de
Boca vazia que não sou amigo daqueles carnívoros,
Sou… um dito por aí espoliado dentre os processos
Mais estranhos da caverna;
Padeço de cevadas e diabolismo por ter
Fumado os filhos da historia, que enfermaram a minha
Rotina sensível, sem diferença com a sepultura…
Uns falam outros criticam,
esses não dizem nem zumbem!
Grito, rasgando o silêncio mais frio desta cerimónia!!!
Assim, não posso odiar-me, nem enforcar o caminho;
A rocha é ambígua e traz o juízo nas curvas do tédio!
É… o fim dos olhos nas noites vagas, quando a cama
Seduz o tronco e convida os imprevistos
Para uma viagem ao subconsciente!
Os Mesmos Passos na geometria do silencio
Os mesmos olhares e julgar na teoria evolutiva da cadeira,
Com os mesmos da derrota que latiram o hino desafinado
No compasso de cada olhar tenebroso,
As mesmas cartas do mundo
O contratempo da memória, a farsa das peças negras
Os mesmos planos na geometria do servilismo que
Esquadrinha o pensamento dos meus irmãos!!!
Cansei de taxar os dentes aos ombros
Cansei da hipocrisia imposta, e desta luz amarelada
Cansei dos passos que não apressam-me a olhar
Ás séries cómicas de actrizes imundas, e estórias
Da brasa, sinopses coloridas da renúncia!
Línguas avermelhadas e comentários que adormece
A rotação do baralho
Oh… passos gangrenais, alvejados pelos buracos
da irreversibilidade,
E retalhados pelo público que cantam cegos a opera
No guarda-fato do verso atrasado!
Os mesmos olhares e julgar
na teoria evolutiva das massas
(II) Caminho De Uma Cidade Perdida
O caminho trilhado por alguns, está
Repleto de imundície, tolheram a despir-me
De Dionísio na devassidão da minha intolerância…
Os iníquos são fieis, e os escravos rastejam-se na
Submissão do sermão, outros nas ideias pervertidas
De uma cidade condenada!!!
Quando sobretudo.
No âmago de cada um
Rasteja cegamente a duvida se vão ou ficam neste cenário,
A soletrarem a dor herdado de um diário
O percurso é longo, onde murmura o destino
O jogo impulsivo de cada caminho,
Onde muitos permanecerão como espectadores!
Ouvindo vozes do alem…
Onde a tinta e o papel serão mascados de fome…
E a própria fome repleta de sonhos indiferentes…
Vozes De Uma Era
(1989 China)
Sou o bem-estar e a interrogação nas
Barbas da inteligência, Venho das terras longínquas a
Procura do fardo, água para a pele e sentido
para as máscaras, na arena das epidemias programadas;
Basta… apalpar a consciência quadrada de uma era,
Estuprada, para entender o ritmo atropelado pela
Inveja de uma plateia anónima
Nasci neste conceito, semeando a esperança
nos rodapés de cada texto que me deram
para comer;
A gora passo despercebido e lamento a zungueira
lançada pela força dos caninos às mandíbulas da raiva (…)
Aqui a minha voz é fónica na métrica obtusa,
Desajustando as barbas de memórias equivocadas!!!
Dos conceitos apregoados, o meu olhar é rebelde,
Onde me encontro sentado, reflectindo o passado de um futuro
na ausência dos sinais da vida de cada um (…)
Dentre o universo fónico, sou o sujeito nos cabeçalhos
Da gramática anónima (!!!)
A zebra esquecida na composição das cores;
A Este Das Mãos Deste Universo
(1970 Polónia)
Ouvi gritos da razão…na linguagem de guerreiros
Crianças e seios perdidos, velhos famintos e pálidos
de febre, uns falecidos outros traficados e usados nas
pestanas inóspitas, sobre as cavidades discursivas destes e
daqueles desumanos!
Assim, falei do mundo nos lençóis do perdão,
Daquele subúrbio… no terceiro passo do capitalismo,
O ensaio nocivo e imoral das ideias pandemónikas, dos
sistemas selváticos e das desgraças cientificas,
A África na geometria do servilismo, onde ninguém
vê a diplomacia do conformismo e a submissão dos
meus irmãos
Continuando a martelar a essas mentes…
Que ensaiam a única forma de exaltar a grandeza!
Destruindo o sentido no universo, e o universo num sentido
Envergam-te sobre o silêncio de uma revolta ;as razões da
desvalorização humana, reflectindo o caminho da pele
no triangulo
Não será com estas mãos e mentes que se acreditará
No capital, que manuseia e excita os dedos neste hemisfério
Egocêntrico, e a espiritualidade a leste deste
Universo?...
A Lança Da Sepultura No Épico
(1073 Vietname)
Foste encontrada minguada nos carris de um
deserto 100 terra, onde rastejaram falsos sentimentos,
quando chegaram os homens que presumiram
envenenar o seu feto de cereais, atrás
Do épico.
Dos encalços que não provocastes e te ris
nos seios prometidos de uma Infância lacónica;
Deste lado,
A mística tem esta nota, sem pausa nem causa
procurando na pista a máscara que não é de casa
senão de vagabundas, prostitutas e
Infecundos retratos!
Do outro lado,
A necessidade em salvar-te deste paralelo corcunda
Onde muitos não encontram a tracção natural das
Coisas,
Assim, não cantarão nem dançarão!
Vivendo pendentes da alma e do espírito nocivo da
Carne,
Eu não quero que renasças para morrer (…)
De saber que amanha vão-me entristecer (…)
E não terei cores nos lábios para te fazer ressuscitar;
2 Segundos Antes Da Madrugada
(1979 Afeganistão)
I
Meus passos súbitos
Minha alma epítóme na regalia das lágrimas,
Sou a voz áfona na multidão da pele, o
Coração possesso na obsessão da arrogância…
Dois segundos antes da madrugada,
Pensamentos cabeludos no arquivo desse
Entardecer, infância lacónica duma
Longa-metragem Na ânsia de arquivar a
Sombra deste sonho
II
Foram planos madrugais descendentes da cova
Sem antecedentes nesta brusca madrugada,
Canto nesta melodia em notas que ninguém
Sabe a harmonia central, rompendo o rectângulo
Na desfaçatez desta renitência nocturna;
Voaram os passos gemidos na aglutinação da farsa
Negados, rejeitados e politizados por vermes da cadeira
Que adiaram o desespero de um sonho súbito;
III
Sonhos das vozes que pregaram a farsa em madeiras,
As vozes que hibernam comícios e atrofiam os abusos,
Vi-os protagonistas da cidade,
Actores das ruas poluídas e gente do pó razoável!
Aqui, As Minhas Lágrimas Anoitecem
(1980 Egipto)
Já não importam as chamas da liberdade
Assim como já não tenho pressa de ser enganado
E viver, porque, todos aplausos no néctar
Da emoção têm sentidos estranhos,
Ainda há água turva nestes cabides?
Os charlatães são lavados, neste jogo, apanhados e
Acorrentados sentados;
Já fui alvo nos debates e, nos aplausos da plateia,
Zungaram venenos para secar os meus lábios
Silenciaram a nudez nas rochas! Onde os passos
Anunciavam as eras, da asneiras da minha geração!
Cuidado com o que me fazeis!!!
Os passos marcados no chão não retrocedem em vão,
Ainda há um cantar no olhar deste soletrar;
Se perdem no tempo e chamuscam dizeres
Afastam-se de mim e abnegam os meus verdadeiros
Retratos, «aqui as minhas lágrimas anoitecem»
(…) Quem descreverá o meu sentido itinerário
A este presente, atrás dos créditos que não chegam?
Deste luto inebriante de promessas a passos divididos?...
Quem?
Na Penumbra, Dos Sonhos
(1984 Sudão)
Retomaram-se os pés perplexos e hirtos, quando
Lançaram as mãos queimadas na oração…
Fugiu a sombra das vidas, fugiram os corpos das almas,
Imóveis degenerados nas coordenadas
Desta penumbra…
Começou assim, o hino num olhar labirinto,
A clareza despida das nuvens, sob a harmonia nos
Catetos dessa imobilidade, agora nas palmas algemadas;
(…) Escrupulosamente uniram-se as mãos em febre,
Tudo porque não havia espaço para enxergar os sonhos (…)
O coro é o mesmo, e…
Foi deixado assim... na dependência dos inocentes e
Independente da sombra perseguida,
Juro aos que verem e ouviram na penumbra dos sonhos!
Convite A Sepultura (I) (1968 França)
Desgraçado sentado nestas pedras
Com os pés em leilão, salto como
1 Percevejo gritando como a cigarra,
e já morri varias Vezes (…)
Estou com o esqueleto aguado
Emprestado, para suportar
Os métodos de um consumismo
Flutuante que se esbanja
Como as ondas alienadas da
Película deste império,
Não necessito de beiras nem de feiras
Mantenho-me dos agasalhos da minha
Emanação, na formação utópica desta fraqueza
Não sou e nunca fui o resultado
Das experiências Erróneas, o lucrado
feito em castigo
Já não auguro o vosso calendário
Estou distante da terra e mais próximo
Das estrelas
Na profundeza da escuridão vazia
Na profundeza das areias mais frias
Observação da carne, se tenho bomba
o meu coração
Não é relógio, não fui arquitectado
Para ser pintado,
Já não preciso sermões para ser
Fotografado,
Sou, a solicitação em pessoa,
Assim, excluam-me deste mapa
Volátil
A epistola arquivada !
(1955 Bandung)
Oh!
Povo pravo… estes corpos são as teses da
Certeza do vosso laboratório probatório em plangente,
Vou falar com a serpente;
Em noites de plenilúnio amargurado…
(…) Ainda que os andaimes beberem deste ensaio
A minha existência nesta graça será a vontade de cuspir
Os pontos e as virgulas da epistola;
A manhã mesmo irei sair e não sei para onde vou,
Fora deste paralelo,
Comentarão os peitos duros que não dançam, os fracos
Atrapalhados, alienados; é apenas uma parte dos lados
No dizer das canecas, que a caneta vai aos lábios!
De olhos avermelhados sentado aqui continuarei,
A espera da madame envernizada pelos escribas,
Em frente não vou! Atrás jamais regressarei,
Aqui rabisco cobrando o passado de farrapos nojentos
Ergo o retrato fiel do meu grito monstruoso
A fome no seu estado militar, escrevendo como
Não podia berrar (…) Na intuição dessa controvérsia
Pedindo uma bala para mastigar,
Para a serpente hoje é tudo,
Nada mais senão o resultado da porfia que não rastejam
Ao meu favor, o segredo da corda nocturna aos sorrisos do
Seu favor, deste modo padecerei…assim estarei!
O Veneno Das Gerações (1942 Washington)
Chamam-me drink
Embriago cadeiras e desvirtuo senhoras,
Sou concorrido quando comando os meus adeptos,
Uns me conhecem, outros ignoram-me por nunca
Os ter beijados;
Atrofio corações e estrago os lares prematuros
Brilho em cada esquina, onde faço dupla com a
Vontade da carne!
Sou a máscara dos tribunais, luto contra a
Honestidade dos homens para com deus!
Mostro a continuação do verdadeiro mundo
Activando os pelos que proibiram no jardim
Ofusco a personalidade de ninguém,
Irrito a sua garganta, quando escorrego como
Alcatrão nos seus pulmões, diminuo a sua visão,
A capacidade de pensar e dou-te a tuberculose
Antes da missa!!!
Sou lendário!
Cosmopolita, por isso os títulos vão de maconha
Crack á cocaína; o meu cadastro é original para
Cada povo!
Sou a alegria dos manifestantes, o rosto dos grevistas
Estou no currículo de celebridades,
Sou o tétano do subúrbio, o desespero de uma nação.
Estou onde há mulheres e diabo (…)
Ninguém Fecha A Porta
(1945 Abril)
Na sombra desta estação
Termina a sessão ambígua ,à voz da multidão
Algemada no ritmo da tragédia!!!
Cai a sentença dos mártires, é lido o paragrafo 75 na fé do
Poder, de uma realidade ingénua,
Logo, abrem-se as chamas!!!
Chegou a palavra na terra…
O mel de muitos scapegosts, o doce espanto entrelaçado
A esta praça de terror, desumana, imediata e vergonhosa;
Neste vaivém onde poucos se procuram na dor destas chamas
Ó sombra incandescente, liberta-me desta pestilência
Liberte os diabos da minha libertinagem, e queima a ilusão
da cadeira,
Dos pensamentos estranhos aos sorrisos de cada protocolo
Também sei que é a ponte do meu vazio
Espero não ser o fim deste drama, quero continuar como
Actor nesta perseguição… onde ninguém está condenado a
Sair
Fechem a porta (…) por favor
A Inversão Da Corda
( 6 de Agosto)
A pregoada era aquela voz recalcitrante
Na porfia para a diferença, de um lado os ouvintes,
doutro os ditadores de carapuças, Com os iníquos
decretos, fanáticos aduladores sem vergonha
Não tem ciência adormecer nesta corrida,
cómicas e as substancias caras de pobres contista!
Mãe, vamos ao kimbo onde a porfia é o cacimbo
Lá não há impostos! Os canais fazem a enxada
Irrigam o estômago e dão fôlego a esse estado!
A consciência para novas historias!!!
Abandonemos logo esta cumplicidade…
De querer salvar-se em jornais e outros processos,
(…) Abandonem já este paraíso diabólico a
Película cómica do crucifixo…
A nossa razão não é a economia de mercado, é
O lucro da força em amar a terra e, ser reconhecido pela
Natureza a harmonia de uma grande partilha,
De que origens são estas balbúrdias, o desencanto no olhar
De cada geração; que cresceram da procura, e vivem
sem saber o caminho para a procura…
O ensaio da minha estupidez!
(1931 S. Dalí)
Ainda ocultam o olhar aos pés descalços
Feridos e exausto, que caminham só
Que caminhar na incerteza da conquista e do abandono
Cleópatra deste pantanal, vírus que sacode a memoria de malária (…)
Santidade peta proceridade!
O olhar aparta-me mazelas
Porque reprimem o meu preâmbulo? Senão me conheceis?
Das mulheres jogadas à rua; das crianças lançadas ao alheio,
Chamam-me e me servem os restos do diletantismo,
Me ruam e me envergonham em retratos (…)
Fiquem descansados, já não irei incomodar-vos (…)
Detectam na minha composição sanguínea
Os vestígios de um passado atrasado e mal arquitectado!
Que de dia e noite preencheu a razão do vazio,
Na sonolência de bem tagarelar e encornar as cerimonias!
Desisto ensaiando a minha estupidez para os deuses…
Acho que não tenho razões de ouvir os heróis,
Eu sou o objecto da minha entrega, o ensaio da minha
Estupidez! Sou o fundo deste presente, o letreiro sem ângulo,
Sou a palavra onde não tem livro
O livro onde não tem gente, o deserto de água salgada (…)
Comentários
(1929)
Em virtude de querer quebrar a palavra
Perdi a paciência esperneando-me nas lendas
Da velha Europa, para dizer que não nasci em Belém
Não há lupas assim como martelo para julgar
Essa presunção, não há homens nem animais para
Testemunhar essa pregação;
Não há tartarugas nesta máquina, não há
Serpente como na epístola,
Há sim pântanos…e hipócritas ansiosos em tossir e cuspir
Ao mesmo tempo (…) começam onde terminam e não
Dizem nada!!!
Dos pólos aos escribas voadores;
esses não são carnívoros
Onde se encontram mastigam as barbas e salivam o asfalto (…)
Não nasci em Belém
Tão-pouco nesta relatório,
Chamam-me palanca (…)
Na voz de um mendigo!
(2600 a.C.)
Não escolho nem escondo as rajadas duma
Alavanca velha que cai nos diafragmas da
Idolatria, e ressoa vozes díspares venerando os mendigos
Esse tagarelar humilde na obliteração das massas,
Preenche o vazio de uma raiva adormecida,
Quando despertam, morrem como escrevem e
Como se não bastasse não fazem como devem!
Ladram as noites e atormentam-nos à volta dos bancos
Eu sou politicamente domesticado,
Tu és economicamente colonizado;
Ele é culturalmente escravizado!
Nós…
Eles são socialmente atrasados!!!
Quem? – As sentinelas da vergonha!
Tenhamos esperanças irmãos em acreditar
Na certeza de que as lendas fazem parte da vida,
Que os právidos, também fazem parte dos diafragmas
Da harmonia (…)
Milagres Que Atormentam a
Esperança (Fevereiro 2009)
Se foi a esperança do vinho tão esperado!
Calou-se a voz inquieta da lucidez e,
Esvaziou-se o retrato de uma novela;
A amizade que arrancou milagres e que alargou os
Passos da vingança!
Assim como era no princípio a luta
Entre o diabo e os anjos anunciam a dor!!!
Os ombros firmados sem escopo;
Escolhem caçadores para o mar e pescadores para
As escolas… todos envenenados pelo azar das nações,
Murcham na heurística cuspindo artigos venenosos
Para os vulneráveis
Assim como era no passado a paz
Entre Cegos e mudos continua!!!
Olharam-na com a barriga… comprou-se a míseros
Voador de Gomorra… letárgicos da nova era
Miram às estrelas… zumbem as noites
Tolerantes emocionais… que morrem nos contos do
Ocidente (...)
Se foi a esperança do vinho tão esperado!
Calou-se a voz inquieta da lucidez,
Os momentos desconhecidos e tão desconfiados
Que abraçaram a cegueira do teu futuro defunto
Foi-se a acrópole (…)
Não Quero Iludir Ninguém…
(C.D 1519)
Não quero iludir ninguém
Simplesmente dizer o que vi e ouvi,
Não quero ser testemunha em chafurdas dos
Denegridos nem tão-pouco dos desaparecidos
Quero continuar no rodapé desta lenda
Na sineta indolente do suor, e no meio desta corda
Muitos buscam os ícones da rebeldia
Eu me envergonho com os mesmos dizeres que atraem
Cabeludos a peregrinarem nestas ruas…
Para mim ainda que me queixe de fome,
Não tenho razões para mastigar a borracha colorida
De um P, perdi os órgãos sensoriais e o sentido H,
Ainda que me queixe de escola… não vejo o quadro
Nem conheço a textura facial da minha última filha!
E não sei se é minha ou é sua!
Nesta sala falam para mi ou comigo?
Cortam-me os braços… já não quero pintar!
Deixem-me em paz… esqueçam-me por que sei que
Vós se envergonhais de mim!
A terra é vossa, ó deuses do meu aqui!
Seres de corações acrobáticos/vendedores de noites,
Estou desarticulado… até já ando lado a lado,
Não quero iludir ninguém… quero ressuscitar
Não quero iludir ninguém… enterrem o regime
Do meu código angustiado
Aqui, Sentam Os Perdidos, E Os Vencidos
(Dezembro 22horas)
Foram passos ultrapassados e negados,
Mas, a indiferença e o preconceito continuou,
A descrever crânios dos olhares na multidão
Dos contos, e nos ritos letárgicas!
Humilharam-se os irmãos formigas nas bancadas
Lançando as cartas… onde os Magos e os AS não são
Prioritários… na biografia das mãos lavadas (…)
Onde o inferno é o xadrez
A felicidade é para as capicuas; que batem palmas de
Pino ganancioso, que pensam morrer longe do contexto
Não soletro, senhor Doutor não te peço!
Tudo porque sou o auge nas campanhas e o resto
Em taças esbranquiçadas,
Na curva do dia, começará a jornada e
Não sabes quem irá ao céu e multiplicado!
Os seguidores serão chamados de velhos amigos,
E os amigos de inimigos… o domingo o sábado
Poupem as barbas para salivar a derrota
Comecem a escrever a verdadeira memória
Chamem os rivais… esquecem a competição
Unem a selva e nos tornem lendários
Chamem os perdidos… e digam que foi um jogo
Unem a memória e falem de nós!
(…)
Aqui sentam os perdidos e os vencidos
Onde a vida chega e para!
Ponta das unhas que rasga a terra; avestruzes nocturno
Corredores cinematográficos; servem a multidão sedenta,
Que se esconde na amargura de uma longevidade (…)
Chamaram-me ao palco1
Para ser apresentado de tronco rasgado, e
Corações invertidos, também Foram homens para
Serem humilhados
Ali…
Minguaram as vossas almas no universo e
Beijaram a terra húmida de cacimbo!
Agora...
Estendem-se felizes de pecados e dizem que a selva é uma
Viagem sem rumo, destino que busca a sensatez da vida
Tímidos e desumanos, forjados e ocultos,
Mais hodiernas da colina, anacrónicos nas cavernas e
Nos passeios
Chamaram-me ao palco
Não para ser visto, senão humilhado,
Nas terras do exorcismo… fui eu para ser explorado!
Embrulhando
A Duvida, Em Cada Conto Oculto
Das ruas trilham as pegadas no exercício deste altar,
Da estação à lua, o sol está rodeado de espinhos, onde
Se observam as tangas da utopia e, a façanha negra,
Eu aqui, embrulhando a dúvida em cada conto oculto
A mastigar unhas nas barbas de cépticos profetas,
Num canto amarrado de mim mesmo e
Na voz desesperada onde apenas mudam
os compassos, ensaiando a morte desse
canto letárgico nas reuniões peludas,
Onde os solilóquios e os mudos encontram-se
Cantando em uníssono o verbo da reencarnação!!!
Oh! Juventude atrofiada; envenenada pelos assobios
Sou eu passado, já não recordas dos jogos?
Ouvi que pintar já não é novidade, com este teu olhar sereno e
Misterioso;
Procuram-te nas interrogações
Afirmo preocupado e não vejo discernimento;
Soluças… e encontro a sua felicidade na anarquia
De muitas vitorias, onde a estação do consumo
É fiel aos teus irmãos, e os discursos enrolados
A calmam o culto profano das barbas
Dos seus ancestrais;
Cantatas De Um Mendigo
Onde nasci e cresci
Ostentam galardões em noites de Óscares secretos
Na qual carrego em meus tristes ombros a cruz
Amarelada de um ar seco
Renunciam a minha sobrevivência, por ser confundido
Em poeta e não pertencer ao clube diabólico
Da formalidade nocturna onde projectam-me
De olhos vendados
De madrugada partem gritos dormentes nas
Estrelas, as suprimidas varrem as ruas vendendo
O troco de uma herança desajustada,
As noites são tristes! Na companhia de ratos e
Guitarras de latas velhas que, fazem do serão o iniciar
De um gesto para uma nova canção
Ouvimos gritos sofridos de um perfume proibido
Nas ruas do meu cordão umbilical reencontro a
Desgraça antecipada e anunciada pelos deuses
A verdade histórica na sensatez de bem adornar os
Caprichos verbais de uma plateia-mosca
Uniformizadas para aplaudir a dor e a nudez
Desses animais
Damos lugar aos deuses e aos magos, estas ruas são nossas
Damos lugar a quem nos aborrece, esta terra é de todos
E também daqueles que nos esquecem,
Onde nascemos e morremos!
A Pedra
Nestas portas de entrada sem cobertura e tão escura,
Entram camaleões e lições tão impuras, entregam aos
Desfavorecidos a oportunidade de olhar o sol a nascer
Mas a morrer sem nos ter aquecido as canelas (…)
A chave é dos que cruzam a mentira,
Se tem código a escola é selectiva, onde a cozinha
Não escreve o que o WC pode ler, nem o quarto lê o que
A sala sublinha!!!
Aqui a cama é inerte como candeeiro, onde os pedreiros
Alcançam e erguem a noção vaga de beijar um letreiro;
Nestas portas de entrada
Saem filhos que a vida não viu a nascer; morrem cegos
Que o mundo silenciou,
Nesta porta de saída ficam estagnados, pacientes
de ira e ferrados de sida
Todo o mundo vê o que o não podem ler!
O mundo grita o silencioso rasgado na pedra,
Festejam os contados do mar desta historia,
Este sal é de todos e também daquela vitória
Que as ondas trouxeram a margem desta aurora!
Este corredor é também o resto de Áfrika (…)
Nestas portas de entrada emigram ideias paridas
Em noites de plenilúnio, arquitectando imagens
Cidades, e alimentando o subúrbios de raiva,
Onde contam o devaneio no senso do conformismo
Nas margens destas páginas enfrento estas rochas
Que um dia… a historia guardará para nós um rodapé!!!
Somos O Resultado
De Um Episódio
Mundo de fracos imortais
Pouco provável e inquestionável é a fé dos bolsos
Dirigidos pelos diabos da nova civilização;
Tentam a olhos fechados; acabando em
Celas e tribunais julgados sem provas e
Sem testemunhas, por fim condenados
A beijar a paredes pintadas por Satã
O que tem a tábua nestes códigos
Não somo nós os culpados
Somos o resultado de um episódio envenenado
Pintado e Premiados na divergência sem
Aplausos
Quando crescemos nascemos
Quando morremos vivemos
A Timidez De Uma Voz Obcecada
Quero te chamar sonho para poder
Alimentar todos os dias a sua alma nesta
Amizade onde quem tem um amigo tem mais
Do que algo a mais! Mas a minha voz é tão pequena
Quero te chamar bondade para não desviar os teus
Olhos de quem te pede uma ajuda, mas a minha
Esperança é tão pouca para fazer você acreditar
Quero te chamar silencio!
Para reflectirmos o futuro de mãos dadas
Alimentando o seu corpo e dando prazer ao seu
Espírito, mas a minha visão é tão curta que não
Alcanço o além (…)
Gostaria de um dia te chamar Amor, mesmo não
Acreditando na sua existência, para te sentires
Amada e ajudar-te a tocar às estrelas
Navegando no Silêncio mais próximo desta ansiedade (…)
Onde Nascemos e Erramos!!!
Nascemos na ilha imperfeita e sem areia
Criados pelo tempo e alimentado pelo vento
Conhecemos os rios e os deuses,
Conhecemos a razão o contrário e outros senão;
Perdemos a glória e o valor humano
Perdemos a honra... monstros á deriva,
Guiões inóspitos desses erros lendários (…)
Descobrimos que o mundo é tão pequeno
Para pecar, tão grande para nascer que matamos
Sem permissão! A vida não nos pertence!
Nascemos na selva perfeita de árvores, abutres e
De montanhas, onde o costume se tornou beleza,
O Hábito a estética, as regras… a ilusão de cada conceito!!!
Nascemos onde os erros nos guiam
E as normas nos atrapalha…
A Alegria Nos Buracos Daquela Metrópole
Pulamos de um lado ao outro a procura dos problemas,
Tocando o estômago, na nostalgia de mendigar!
Onde as mãos para pedir e coçar as barbas são as que roubam,
O cérebro para enxergar o futuro foi atrofiado de gasolina (…)
A voz para uma canção a esta Luanda é a que inflama
O ódio e diz coisas,
(…) A alegria está nos buracos,
O amor é utopia (…) lá o paupérrimo sempre teve cigarro!
Passo despercebido transpirando a vergonha de
Muitas glorias, rasgando, o suor e o oceano de poeira
Desta metrópole; a procura de uma fogueira,
Assim como era no passado, os gritos da liberdade
São hoje os da libertinagem!
É o canto de gente e amigos de lá
Dos cómicos e trágico palcos, de crianças e glorias da velhice…
Onde a melodia de ontem, não tem proeza para o momento,
Nas ilhas e subúrbios, de jovens dos assobios
Ameaçados e bem interpretados
II
Venderam os passos da renascença
Regridem e tornam-se dependentes,
Mostrando os dentes aguçados de crença indecente;
Desumana e nojenta (…) eis o espelho da insanidade
Mental de muitos doentes,
Exausto e Satânicos «!»
Venderam a metrópole de leis imundas
Teclados por filhos de DEUS e imprimidos por pecadores
(…) As praias poluídas, às casas nocturnas;
As saias… o sangue e a raça; acabou na alegria de matar a fome!
Os filhos que lambiam as varandas, o álcool da manha
O suor químico das vitrinas; têm direito a um buraco;
Hoje choram angustiados de um passado que a historia
Não os permitiu erguer, uma escolha para o cartaz desta noite!
Juventude
Se não sabes onde estás, pergunte-se quem és,
Se não sabes o que fazer, pergunte-se com quem estás
Faz (…)
As suas ideias brilhar…
Estão nas suas mãos a força para rejuvenescer,
Acredite que podes voar e crescer!
Mantendo o seu optimismo ao nível de ser,
Diga sim a vida
Que o preconceito não deve existir
Diga sim a vida
Que o sinonimo de juventude é existir!
O valor mais expressivo e humano!!!
O cartaz real de uma espécie humana (…)
Eu sou feliz
Por que quis.
A Orquestra 2000
Perguntaram-me como começava!
…é como se o céu não existisse – o infinito não
Influenciasse a trajectória da imaginação – e o
Resto do universo fosse conhecido no centro de
Toda a dúvida…
Enquanto podem amem-se, e esquecem os
Sonhos… cantem sem perguntar as notas,
Dancem o ritmo desavergonhado de levitar a matéria
E manifestar-se nas madrugadas, como as lágrimas
De um fracassado, que caem… na ignorância de si, e lavam as mãos em soluços!!!
Longe de quem perdeu o Eu;
Próximo do embrião adormecido em cereais e a
Milhas daqueles que cresceram perdidos no oceano,
Perguntaram-me como começava!...
Finge que fazia parte do mapa, mesmo sem
Ter passado em colégios, na atrocidade de soletrar
As notas que coordenam as lágrimas desta partida, no
Som velho do piano!
(…) As colcheias arrogantes, e uma sala
Cheia de famintos… uma ópera nauseabunda
Sempre aromatizou o silêncio silenciado;
Perfilaram os pensamentos,
Nesse desdém e não afrontara os olhares, antes
Tiveram a certeza de quem sou; e depois digam-me
Se as notas enquadram-se aos berros;
Eu e os meus irmãos, fomos isolados e Humilhados
Pelos cabeludos que negaram o perdão,
Irradiados de ódio, e um medo que vence
A Sensatez da carne…
A Longa-Metragem
Deixai-me em paz enquanto posso andar
Se não roubei por que me chamam abrindo
Processos estranhos contra mim, e para o meu carácter
Absurdo, fruto do desespero e do fanatismo;
Não me olhem passem e não comentem,
Sou o adjectivo para as gramáticas do conformismo, e
Desse imediatismo uniforme que ultrapassa a memória
E as impressões do quotidiano!
Sou a fronteira para quem quer emigrar
O caminho para quem pretende chegar
Eu aqui não chego nem espero, atormentado pela
Malária do copo e outros deuses…
Deixai-me em paz enquanto posso andar,
Senão conheces o meu estômago para que as promessas?
Nasci em Catemo, cresci em Lândana passei no sul,
A oeste deste refúgio encontrei os meus restos Mortais
Submissos á esta métrica híbrida…
Socorro… Sou a fronteira para quem quer chegar;
O caminho para quem pretende partir,
Eu aqui não chego nem espero, então deixem em paz
Enquanto posso voar!
Já consigo encarnar-me em rico
Em qualquer lado onde farejo, só as moscas me
Convidam a Reunir -quem sou? Sou, o
Réu ávido advogando os diabos
Nessa ansiedades!
Sou santos, ao mesmo tempo profano,
Henoteista de coração e estúpido na fé …
Canto o Semba e danço o Kuduro,
Conheço o Carnaval e não aceito a fantasia
O Círculo Da Elegia
De longe
Tão perto e distante,
Miro os meus olhos fundidos em busca da minha
Natureza perpétua;
Nos anseios de um ego desterrado, sobre a exclusão nesta
Roda faminta das atrocidades… Fui o ventre do caos,
Hoje sou o apanágio no refrão, a rima desajustada dos
pecadores
O guião rasgado em cada soletrar,
O parágrafo hiperbolizado no circulo da elegia…
Não me olhem, passem e salivem o meu discurso,
Não tenho escolha, porque sou a oferta nas
óperas dos mendigos,
Em cada madrugada, sou o letreiro das lágrimas que não finjo,
Dividido entre o norte e o sul, Onde a Cirene
soa-me distante e os Raios do sol
não aquecem-me o estômago,
Oh! Vermes reunidos
Sou semelhante aquele que negou e não renunciou,
Diferente daquele que foi sem saber para onde,
Nos seios prometidos do refugio; e na
Geometria-Da-situaçao!
De longe só o cacimbo e o fumo me alertam…
Enxergo o nocivo lúpulo na insipidez desta corda de pontos
Anacrónico; A sentinela robusta, que alerta-me ao pó…
Quando os hipócritas aplaudem porque vou-me ausentar,
E os cabeludos beijam-se por que a sombra vai esquentar,
Na devassidão das sombras!!!
Oh… farricocos observantes
Contistas do futuro e guitarristas do lazer
(…) Deixem-me em paz, enquanto posso aceitar e não concordar (!!!)
Nos gritos da penumbra de outros DEUSES
A poesia é a minha película, na força imaginativa
De uma lenda! (…) Deixai-me em paz
Sou testemunha das ideologias e do e do império, onde
A juventude era o eco do absurdo, a transição
De uma história obliqua, o livro queimado nos pólos
Da ignorância, a voz arrastada na ingenuidade…
A gora quero ouvir quem vai falar,
A gora, quero ouvir que vai falar quando eu calar!!!
Já salivam o refrão, os rostos Renascidos-Mortos em memórias
Desarticuladas do cá, onde o sol não penetra (!!!) e os filhos
Do outro mar, já não pertencem a esta aurora,
Submissos á métrica e ao fanatismo imundo!
De acreditar na invenção dos deuses;
Com as mãos húmidas e cérebros leprosos,
Esfolhando as sombras na monotonia do desespero,
Nascidas na insolência desta distancia arrogante e idosa,
Com mãos abertas, dedos húmidos, e um espiritismos
De Submissos e submissão
Sonos cansados de mentes furadas!
Passos tímidos como as notas desafinadas de cada olhar, que
Arrastam os meus ancestrais no circulo vicioso do milénio;
O sono, o paraíso e a sanzala
I
O sono que ameaça a minha visão!
Luzes que ofuscam as palavras dos meus passos,
Caminhando em direcção de ninguém;
Não buscamos o nó da felicidade senão a incerteza
Na geometria da cama,
Na origem da inclinação a negação dos pântanos
No Inverno, não molho; seco as barbas de Fevereiro
Traçando o mapa deste espírito legal que emigram
Os pensamentos dos meus irmãos!!!
Sono nas ruas de cães sonâmbulos,
Sono na esperança do contra tétano
Sono na esperança de não mais voltar a ouvir o latir
De moribundos…
II
As forças que confiamos apodreceram
O nosso rosto entre as águas já não é o mesmo,
Usemos a força para içar a bandeira
Lutemos com novos instrumentos morais, não matemos!
Ferimos resgatando a nossa honra (?)
Ninguém deve se calar ?
Enquanto o sangue estiver a escorrer!
Ninguém deve parar, enquanto tivermos sangue para dar...
O meu testamento
Tive fundos, mundos e universos
Socorri milionários, prostitutas e corruptos,
Hoje a idade denuncia-me e a minha família antecipa
As cinzas da minha geração…
Lutei, chego ao fim da guerra!
Continueis porque restam batalhas
Escrevo este testamento, na incerteza de não a terminar
Pelo número de famílias que agora é infinito
Até sinto a felicidade no corredor da morte a irritar-me
Deixo o meu feitiço aos meus amigos, a frota de mulheres aos
Meus tios, a minha aldeia aos meus vizinhos, o parque ao
Governo, e os restaurantes ao veneno do público
Os meus gostos apurados pelas melhores coisas da vida… e um
Interesse permanente pelos valores morais mais altos aos
Esquizofrénicos na «praça» da independência
Proíbo a minha esposa de outras vontades, e oprimo as
Minhas filhas a casarem-se com vagabundos de Tókio
As contas da Rússia devolvam aos asmáticos da rua 11
Os meus filhos que se abre a aberração
Deixem o meu cargo livre, tenho a certeza de poder regressar!
Na terra onde os mortos acordam e os vivos correm!!!
O Diálogo
Descalço as minhas palavras nestas aranhas
Jogo fora a minha língua nesta subúrbio e o meu coração
Nesta rústica cidade,
Deixo de blasfemar e de sentir a adrenalina após o fedor
Do veneno que vem do pátio; o fogo ansioso em atropelar
A minha triste tradição…
Esqueço os minutos que me vendi pelos prazeres da velocidade,
Para recordar que ainda sinto saudades de voltar ao céu,
Encontrar o meu esqueleto no purgatório, e a minha sombra
Entre os artigos da compaixão, testemunhando o desprezo
Invencível dos meus detractores;
Descalço as minhas fétidas palavras neste lugar do meu
Deprimido ser, o estado lento desta harmonia deturpada e
Instável; onde os crimes incitam a criação dos deuses da
Tribuna e demónios jurídicos que não permitem levantar a
Minha infelicidade para mostrar o caminho da insólita
Depressão eterna!!!
Absolutisam as luzes; oferecendo aos fiéis os farrapos
E outras substancias nas taças desta conversa…
Este é o diálogo suspenso da minha persistência,
A desumanidade tranquila desta existência!...
Esta é a paragem obrigatória dos filhos das circunstancias,
Onde chegam e são atravessados, onde decidem e são
Interpelados;
Vós que passais, e pisais o meu chão!
Aqui, nasceram homens cuja memória se perdeu em vão;cresceram e viveram os meus irmãos
Que nunca convidaram – me á monotonia da vida!
Ali,
Jaz o corpo do meu inimigo… pendurado
No laço da madrugada,
Aqui, sobrevive o pensamento de um povo que
Soube esperar, debaixo do sol, e entre as peneiras, nas marchas
Adiadas de homens que nunca foram cidadãos
Aqui jaz a sombra de um povo repartido pelo reflexo da
Tradição! Que colocaram de parte a essência de deus, e sobre as
Cavidades do olhar da influência, transformaram as sociedades
Em películas de longa-metragem
Nestes caminhos,
Estão marcadas as pegadas canceladas pelo destino
Nestas paredes; o testemunho da ignorância!!!
Nos túmulo, o cantar seco de sua honra e da sua geração!
Aqui jaz o vocábulo de um glorioso (!)
O Réu E O Martelo
Hoje sou réu entre o verbo e a espada
Da mácula dos corações atrofiados, rasguei-me
Desta esquerda e do pó da imaginação utópica
Desta cerimonia,
Não magoei ninguém para ser propalado,
Nem roubei para ser cantado e procurado,
Assim perco a razão em duvidar de um senão que a
Martelos me faziam crer…
Presumem neste compêndio, vidas algures perdidas!
Ocupam-se no vazio deste abismo
Atrás dos discursos sonolentos e aos olhos de quem
Irá espera a diferença entre a mão e o céu (…)
Nesta condição indefinida, advogado por polígamos
E um mercenário ao serviço da utopia,
Exalto-me sem medo do prego… e do martelo ingrato na
Incoerência desta plateia…
Presumem neste compêndio, vidas algures perdidas!
A minha verdade será a força da vossa satisfação
As minhas raízes serão… a razão da vossa inumação!
Hoje sou réu,
Na contracapa desta selva!!!
Discursos sobre (Na) Pedra
Deixei de bocas e já não discursos aos pobres,
Olhando com os braços lassos o que nunca
Me deram para mastigar,
Não conheço as notas, nunca tive voz nem ânimo para
tussir… com os meus pés dilacerados nos carris…
Nunca vi tão longe onde pudesse ir! Nem nos travessos
Desta ilusão roubada,
Me encontro entre os destroços desta idade,
A percorrer migalhas só para alcançar a felicidade
Que perdi, e a ignorância que tomou conta do meu viajar
Já, não animo os olhos da esquerda… a gora, sou
A expectativa privada na decomposição dessa ansiedade
A atracção implacável em cada nota,
Não contem comigo, tenho pressa de morrer, Já não
Quero alimentar a esperança de acreditar na existência
Daqueles que me entristeceram; sentados no meu esforço
Sorrindo a minha ira
Não contem comigo
Sei que estais no sono e não entendeis esta atracção,
A inflexão da sua realidade com a utopia daquela canção (…)
O teu único desejo encontra-se na madrugada dos teus sonhos,
No cair da sua velhice precoce, e no imediatismos irracional desta
Rocha,
Sem perceberes o que te move e o
Quem te conduz;
A Sepultura Da Consciência
O passado e o presente cruzaram-se, e confesso de
Boca vazia que não sou amigo daqueles carnívoros,
Sou… um dito por aí espoliado dentre os processos
Mais estranhos da caverna;
Padeço de cevadas e diabolismo por ter
Fumado os filhos da historia, que enfermaram a minha
Rotina sensível, sem diferença com a sepultura…
Uns falam outros criticam,
esses não dizem nem zumbem!
Grito, rasgando o silêncio mais frio desta cerimónia!!!
Assim, não posso odiar-me, nem enforcar o caminho;
A rocha é ambígua e traz o juízo nas curvas do tédio!
É… o fim dos olhos nas noites vagas, quando a cama
Seduz o tronco e convida os imprevistos
Para uma viagem ao subconsciente!
Os Mesmos Passos na geometria do silencio
Os mesmos olhares e julgar na teoria evolutiva da cadeira,
Com os mesmos da derrota que latiram o hino desafinado
No compasso de cada olhar tenebroso,
As mesmas cartas do mundo
O contratempo da memória, a farsa das peças negras
Os mesmos planos na geometria do servilismo que
Esquadrinha o pensamento dos meus irmãos!!!
Cansei de taxar os dentes aos ombros
Cansei da hipocrisia imposta, e desta luz amarelada
Cansei dos passos que não apressam-me a olhar
Ás séries cómicas de actrizes imundas, e estórias
Da brasa, sinopses coloridas da renúncia!
Línguas avermelhadas e comentários que adormece
A rotação do baralho
Oh… passos gangrenais, alvejados pelos buracos
da irreversibilidade,
E retalhados pelo público que cantam cegos a opera
No guarda-fato do verso atrasado!
Os mesmos olhares e julgar
na teoria evolutiva das massas
(II) Caminho De Uma Cidade Perdida
O caminho trilhado por alguns, está
Repleto de imundície, tolheram a despir-me
De Dionísio na devassidão da minha intolerância…
Os iníquos são fieis, e os escravos rastejam-se na
Submissão do sermão, outros nas ideias pervertidas
De uma cidade condenada!!!
Quando sobretudo.
No âmago de cada um
Rasteja cegamente a duvida se vão ou ficam neste cenário,
A soletrarem a dor herdado de um diário
O percurso é longo, onde murmura o destino
O jogo impulsivo de cada caminho,
Onde muitos permanecerão como espectadores!
Ouvindo vozes do alem…
Onde a tinta e o papel serão mascados de fome…
E a própria fome repleta de sonhos indiferentes…
Vozes De Uma Era
(1989 China)
Sou o bem-estar e a interrogação nas
Barbas da inteligência, Venho das terras longínquas a
Procura do fardo, água para a pele e sentido
para as máscaras, na arena das epidemias programadas;
Basta… apalpar a consciência quadrada de uma era,
Estuprada, para entender o ritmo atropelado pela
Inveja de uma plateia anónima
Nasci neste conceito, semeando a esperança
nos rodapés de cada texto que me deram
para comer;
A gora passo despercebido e lamento a zungueira
lançada pela força dos caninos às mandíbulas da raiva (…)
Aqui a minha voz é fónica na métrica obtusa,
Desajustando as barbas de memórias equivocadas!!!
Dos conceitos apregoados, o meu olhar é rebelde,
Onde me encontro sentado, reflectindo o passado de um futuro
na ausência dos sinais da vida de cada um (…)
Dentre o universo fónico, sou o sujeito nos cabeçalhos
Da gramática anónima (!!!)
A zebra esquecida na composição das cores;
A Este Das Mãos Deste Universo
(1970 Polónia)
Ouvi gritos da razão…na linguagem de guerreiros
Crianças e seios perdidos, velhos famintos e pálidos
de febre, uns falecidos outros traficados e usados nas
pestanas inóspitas, sobre as cavidades discursivas destes e
daqueles desumanos!
Assim, falei do mundo nos lençóis do perdão,
Daquele subúrbio… no terceiro passo do capitalismo,
O ensaio nocivo e imoral das ideias pandemónikas, dos
sistemas selváticos e das desgraças cientificas,
A África na geometria do servilismo, onde ninguém
vê a diplomacia do conformismo e a submissão dos
meus irmãos
Continuando a martelar a essas mentes…
Que ensaiam a única forma de exaltar a grandeza!
Destruindo o sentido no universo, e o universo num sentido
Envergam-te sobre o silêncio de uma revolta ;as razões da
desvalorização humana, reflectindo o caminho da pele
no triangulo
Não será com estas mãos e mentes que se acreditará
No capital, que manuseia e excita os dedos neste hemisfério
Egocêntrico, e a espiritualidade a leste deste
Universo?...
A Lança Da Sepultura No Épico
(1073 Vietname)
Foste encontrada minguada nos carris de um
deserto 100 terra, onde rastejaram falsos sentimentos,
quando chegaram os homens que presumiram
envenenar o seu feto de cereais, atrás
Do épico.
Dos encalços que não provocastes e te ris
nos seios prometidos de uma Infância lacónica;
Deste lado,
A mística tem esta nota, sem pausa nem causa
procurando na pista a máscara que não é de casa
senão de vagabundas, prostitutas e
Infecundos retratos!
Do outro lado,
A necessidade em salvar-te deste paralelo corcunda
Onde muitos não encontram a tracção natural das
Coisas,
Assim, não cantarão nem dançarão!
Vivendo pendentes da alma e do espírito nocivo da
Carne,
Eu não quero que renasças para morrer (…)
De saber que amanha vão-me entristecer (…)
E não terei cores nos lábios para te fazer ressuscitar;
2 Segundos Antes Da Madrugada
(1979 Afeganistão)
I
Meus passos súbitos
Minha alma epítóme na regalia das lágrimas,
Sou a voz áfona na multidão da pele, o
Coração possesso na obsessão da arrogância…
Dois segundos antes da madrugada,
Pensamentos cabeludos no arquivo desse
Entardecer, infância lacónica duma
Longa-metragem Na ânsia de arquivar a
Sombra deste sonho
II
Foram planos madrugais descendentes da cova
Sem antecedentes nesta brusca madrugada,
Canto nesta melodia em notas que ninguém
Sabe a harmonia central, rompendo o rectângulo
Na desfaçatez desta renitência nocturna;
Voaram os passos gemidos na aglutinação da farsa
Negados, rejeitados e politizados por vermes da cadeira
Que adiaram o desespero de um sonho súbito;
III
Sonhos das vozes que pregaram a farsa em madeiras,
As vozes que hibernam comícios e atrofiam os abusos,
Vi-os protagonistas da cidade,
Actores das ruas poluídas e gente do pó razoável!
Aqui, As Minhas Lágrimas Anoitecem
(1980 Egipto)
Já não importam as chamas da liberdade
Assim como já não tenho pressa de ser enganado
E viver, porque, todos aplausos no néctar
Da emoção têm sentidos estranhos,
Ainda há água turva nestes cabides?
Os charlatães são lavados, neste jogo, apanhados e
Acorrentados sentados;
Já fui alvo nos debates e, nos aplausos da plateia,
Zungaram venenos para secar os meus lábios
Silenciaram a nudez nas rochas! Onde os passos
Anunciavam as eras, da asneiras da minha geração!
Cuidado com o que me fazeis!!!
Os passos marcados no chão não retrocedem em vão,
Ainda há um cantar no olhar deste soletrar;
Se perdem no tempo e chamuscam dizeres
Afastam-se de mim e abnegam os meus verdadeiros
Retratos, «aqui as minhas lágrimas anoitecem»
(…) Quem descreverá o meu sentido itinerário
A este presente, atrás dos créditos que não chegam?
Deste luto inebriante de promessas a passos divididos?...
Quem?
Na Penumbra, Dos Sonhos
(1984 Sudão)
Retomaram-se os pés perplexos e hirtos, quando
Lançaram as mãos queimadas na oração…
Fugiu a sombra das vidas, fugiram os corpos das almas,
Imóveis degenerados nas coordenadas
Desta penumbra…
Começou assim, o hino num olhar labirinto,
A clareza despida das nuvens, sob a harmonia nos
Catetos dessa imobilidade, agora nas palmas algemadas;
(…) Escrupulosamente uniram-se as mãos em febre,
Tudo porque não havia espaço para enxergar os sonhos (…)
O coro é o mesmo, e…
Foi deixado assim... na dependência dos inocentes e
Independente da sombra perseguida,
Juro aos que verem e ouviram na penumbra dos sonhos!
Convite A Sepultura (I) (1968 França)
Desgraçado sentado nestas pedras
Com os pés em leilão, salto como
1 Percevejo gritando como a cigarra,
e já morri varias Vezes (…)
Estou com o esqueleto aguado
Emprestado, para suportar
Os métodos de um consumismo
Flutuante que se esbanja
Como as ondas alienadas da
Película deste império,
Não necessito de beiras nem de feiras
Mantenho-me dos agasalhos da minha
Emanação, na formação utópica desta fraqueza
Não sou e nunca fui o resultado
Das experiências Erróneas, o lucrado
feito em castigo
Já não auguro o vosso calendário
Estou distante da terra e mais próximo
Das estrelas
Na profundeza da escuridão vazia
Na profundeza das areias mais frias
Observação da carne, se tenho bomba
o meu coração
Não é relógio, não fui arquitectado
Para ser pintado,
Já não preciso sermões para ser
Fotografado,
Sou, a solicitação em pessoa,
Assim, excluam-me deste mapa
Volátil
A epistola arquivada !
(1955 Bandung)
Oh!
Povo pravo… estes corpos são as teses da
Certeza do vosso laboratório probatório em plangente,
Vou falar com a serpente;
Em noites de plenilúnio amargurado…
(…) Ainda que os andaimes beberem deste ensaio
A minha existência nesta graça será a vontade de cuspir
Os pontos e as virgulas da epistola;
A manhã mesmo irei sair e não sei para onde vou,
Fora deste paralelo,
Comentarão os peitos duros que não dançam, os fracos
Atrapalhados, alienados; é apenas uma parte dos lados
No dizer das canecas, que a caneta vai aos lábios!
De olhos avermelhados sentado aqui continuarei,
A espera da madame envernizada pelos escribas,
Em frente não vou! Atrás jamais regressarei,
Aqui rabisco cobrando o passado de farrapos nojentos
Ergo o retrato fiel do meu grito monstruoso
A fome no seu estado militar, escrevendo como
Não podia berrar (…) Na intuição dessa controvérsia
Pedindo uma bala para mastigar,
Para a serpente hoje é tudo,
Nada mais senão o resultado da porfia que não rastejam
Ao meu favor, o segredo da corda nocturna aos sorrisos do
Seu favor, deste modo padecerei…assim estarei!
O Veneno Das Gerações (1942 Washington)
Chamam-me drink
Embriago cadeiras e desvirtuo senhoras,
Sou concorrido quando comando os meus adeptos,
Uns me conhecem, outros ignoram-me por nunca
Os ter beijados;
Atrofio corações e estrago os lares prematuros
Brilho em cada esquina, onde faço dupla com a
Vontade da carne!
Sou a máscara dos tribunais, luto contra a
Honestidade dos homens para com deus!
Mostro a continuação do verdadeiro mundo
Activando os pelos que proibiram no jardim
Ofusco a personalidade de ninguém,
Irrito a sua garganta, quando escorrego como
Alcatrão nos seus pulmões, diminuo a sua visão,
A capacidade de pensar e dou-te a tuberculose
Antes da missa!!!
Sou lendário!
Cosmopolita, por isso os títulos vão de maconha
Crack á cocaína; o meu cadastro é original para
Cada povo!
Sou a alegria dos manifestantes, o rosto dos grevistas
Estou no currículo de celebridades,
Sou o tétano do subúrbio, o desespero de uma nação.
Estou onde há mulheres e diabo (…)
Ninguém Fecha A Porta
(1945 Abril)
Na sombra desta estação
Termina a sessão ambígua ,à voz da multidão
Algemada no ritmo da tragédia!!!
Cai a sentença dos mártires, é lido o paragrafo 75 na fé do
Poder, de uma realidade ingénua,
Logo, abrem-se as chamas!!!
Chegou a palavra na terra…
O mel de muitos scapegosts, o doce espanto entrelaçado
A esta praça de terror, desumana, imediata e vergonhosa;
Neste vaivém onde poucos se procuram na dor destas chamas
Ó sombra incandescente, liberta-me desta pestilência
Liberte os diabos da minha libertinagem, e queima a ilusão
da cadeira,
Dos pensamentos estranhos aos sorrisos de cada protocolo
Também sei que é a ponte do meu vazio
Espero não ser o fim deste drama, quero continuar como
Actor nesta perseguição… onde ninguém está condenado a
Sair
Fechem a porta (…) por favor
A Inversão Da Corda
( 6 de Agosto)
A pregoada era aquela voz recalcitrante
Na porfia para a diferença, de um lado os ouvintes,
doutro os ditadores de carapuças, Com os iníquos
decretos, fanáticos aduladores sem vergonha
Não tem ciência adormecer nesta corrida,
cómicas e as substancias caras de pobres contista!
Mãe, vamos ao kimbo onde a porfia é o cacimbo
Lá não há impostos! Os canais fazem a enxada
Irrigam o estômago e dão fôlego a esse estado!
A consciência para novas historias!!!
Abandonemos logo esta cumplicidade…
De querer salvar-se em jornais e outros processos,
(…) Abandonem já este paraíso diabólico a
Película cómica do crucifixo…
A nossa razão não é a economia de mercado, é
O lucro da força em amar a terra e, ser reconhecido pela
Natureza a harmonia de uma grande partilha,
De que origens são estas balbúrdias, o desencanto no olhar
De cada geração; que cresceram da procura, e vivem
sem saber o caminho para a procura…
O ensaio da minha estupidez!
(1931 S. Dalí)
Ainda ocultam o olhar aos pés descalços
Feridos e exausto, que caminham só
Que caminhar na incerteza da conquista e do abandono
Cleópatra deste pantanal, vírus que sacode a memoria de malária (…)
Santidade peta proceridade!
O olhar aparta-me mazelas
Porque reprimem o meu preâmbulo? Senão me conheceis?
Das mulheres jogadas à rua; das crianças lançadas ao alheio,
Chamam-me e me servem os restos do diletantismo,
Me ruam e me envergonham em retratos (…)
Fiquem descansados, já não irei incomodar-vos (…)
Detectam na minha composição sanguínea
Os vestígios de um passado atrasado e mal arquitectado!
Que de dia e noite preencheu a razão do vazio,
Na sonolência de bem tagarelar e encornar as cerimonias!
Desisto ensaiando a minha estupidez para os deuses…
Acho que não tenho razões de ouvir os heróis,
Eu sou o objecto da minha entrega, o ensaio da minha
Estupidez! Sou o fundo deste presente, o letreiro sem ângulo,
Sou a palavra onde não tem livro
O livro onde não tem gente, o deserto de água salgada (…)
Comentários
(1929)
Em virtude de querer quebrar a palavra
Perdi a paciência esperneando-me nas lendas
Da velha Europa, para dizer que não nasci em Belém
Não há lupas assim como martelo para julgar
Essa presunção, não há homens nem animais para
Testemunhar essa pregação;
Não há tartarugas nesta máquina, não há
Serpente como na epístola,
Há sim pântanos…e hipócritas ansiosos em tossir e cuspir
Ao mesmo tempo (…) começam onde terminam e não
Dizem nada!!!
Dos pólos aos escribas voadores;
esses não são carnívoros
Onde se encontram mastigam as barbas e salivam o asfalto (…)
Não nasci em Belém
Tão-pouco nesta relatório,
Chamam-me palanca (…)
Na voz de um mendigo!
(2600 a.C.)
Não escolho nem escondo as rajadas duma
Alavanca velha que cai nos diafragmas da
Idolatria, e ressoa vozes díspares venerando os mendigos
Esse tagarelar humilde na obliteração das massas,
Preenche o vazio de uma raiva adormecida,
Quando despertam, morrem como escrevem e
Como se não bastasse não fazem como devem!
Ladram as noites e atormentam-nos à volta dos bancos
Eu sou politicamente domesticado,
Tu és economicamente colonizado;
Ele é culturalmente escravizado!
Nós…
Eles são socialmente atrasados!!!
Quem? – As sentinelas da vergonha!
Tenhamos esperanças irmãos em acreditar
Na certeza de que as lendas fazem parte da vida,
Que os právidos, também fazem parte dos diafragmas
Da harmonia (…)
Milagres Que Atormentam a
Esperança (Fevereiro 2009)
Se foi a esperança do vinho tão esperado!
Calou-se a voz inquieta da lucidez e,
Esvaziou-se o retrato de uma novela;
A amizade que arrancou milagres e que alargou os
Passos da vingança!
Assim como era no princípio a luta
Entre o diabo e os anjos anunciam a dor!!!
Os ombros firmados sem escopo;
Escolhem caçadores para o mar e pescadores para
As escolas… todos envenenados pelo azar das nações,
Murcham na heurística cuspindo artigos venenosos
Para os vulneráveis
Assim como era no passado a paz
Entre Cegos e mudos continua!!!
Olharam-na com a barriga… comprou-se a míseros
Voador de Gomorra… letárgicos da nova era
Miram às estrelas… zumbem as noites
Tolerantes emocionais… que morrem nos contos do
Ocidente (...)
Se foi a esperança do vinho tão esperado!
Calou-se a voz inquieta da lucidez,
Os momentos desconhecidos e tão desconfiados
Que abraçaram a cegueira do teu futuro defunto
Foi-se a acrópole (…)
Não Quero Iludir Ninguém…
(C.D 1519)
Não quero iludir ninguém
Simplesmente dizer o que vi e ouvi,
Não quero ser testemunha em chafurdas dos
Denegridos nem tão-pouco dos desaparecidos
Quero continuar no rodapé desta lenda
Na sineta indolente do suor, e no meio desta corda
Muitos buscam os ícones da rebeldia
Eu me envergonho com os mesmos dizeres que atraem
Cabeludos a peregrinarem nestas ruas…
Para mim ainda que me queixe de fome,
Não tenho razões para mastigar a borracha colorida
De um P, perdi os órgãos sensoriais e o sentido H,
Ainda que me queixe de escola… não vejo o quadro
Nem conheço a textura facial da minha última filha!
E não sei se é minha ou é sua!
Nesta sala falam para mi ou comigo?
Cortam-me os braços… já não quero pintar!
Deixem-me em paz… esqueçam-me por que sei que
Vós se envergonhais de mim!
A terra é vossa, ó deuses do meu aqui!
Seres de corações acrobáticos/vendedores de noites,
Estou desarticulado… até já ando lado a lado,
Não quero iludir ninguém… quero ressuscitar
Não quero iludir ninguém… enterrem o regime
Do meu código angustiado
Aqui, Sentam Os Perdidos, E Os Vencidos
(Dezembro 22horas)
Foram passos ultrapassados e negados,
Mas, a indiferença e o preconceito continuou,
A descrever crânios dos olhares na multidão
Dos contos, e nos ritos letárgicas!
Humilharam-se os irmãos formigas nas bancadas
Lançando as cartas… onde os Magos e os AS não são
Prioritários… na biografia das mãos lavadas (…)
Onde o inferno é o xadrez
A felicidade é para as capicuas; que batem palmas de
Pino ganancioso, que pensam morrer longe do contexto
Não soletro, senhor Doutor não te peço!
Tudo porque sou o auge nas campanhas e o resto
Em taças esbranquiçadas,
Na curva do dia, começará a jornada e
Não sabes quem irá ao céu e multiplicado!
Os seguidores serão chamados de velhos amigos,
E os amigos de inimigos… o domingo o sábado
Poupem as barbas para salivar a derrota
Comecem a escrever a verdadeira memória
Chamem os rivais… esquecem a competição
Unem a selva e nos tornem lendários
Chamem os perdidos… e digam que foi um jogo
Unem a memória e falem de nós!
(…)
Aqui sentam os perdidos e os vencidos
Onde a vida chega e para!
Ponta das unhas que rasga a terra; avestruzes nocturno
Corredores cinematográficos; servem a multidão sedenta,
Que se esconde na amargura de uma longevidade (…)
Chamaram-me ao palco1
Para ser apresentado de tronco rasgado, e
Corações invertidos, também Foram homens para
Serem humilhados
Ali…
Minguaram as vossas almas no universo e
Beijaram a terra húmida de cacimbo!
Agora...
Estendem-se felizes de pecados e dizem que a selva é uma
Viagem sem rumo, destino que busca a sensatez da vida
Tímidos e desumanos, forjados e ocultos,
Mais hodiernas da colina, anacrónicos nas cavernas e
Nos passeios
Chamaram-me ao palco
Não para ser visto, senão humilhado,
Nas terras do exorcismo… fui eu para ser explorado!
Embrulhando
A Duvida, Em Cada Conto Oculto
Das ruas trilham as pegadas no exercício deste altar,
Da estação à lua, o sol está rodeado de espinhos, onde
Se observam as tangas da utopia e, a façanha negra,
Eu aqui, embrulhando a dúvida em cada conto oculto
A mastigar unhas nas barbas de cépticos profetas,
Num canto amarrado de mim mesmo e
Na voz desesperada onde apenas mudam
os compassos, ensaiando a morte desse
canto letárgico nas reuniões peludas,
Onde os solilóquios e os mudos encontram-se
Cantando em uníssono o verbo da reencarnação!!!
Oh! Juventude atrofiada; envenenada pelos assobios
Sou eu passado, já não recordas dos jogos?
Ouvi que pintar já não é novidade, com este teu olhar sereno e
Misterioso;
Procuram-te nas interrogações
Afirmo preocupado e não vejo discernimento;
Soluças… e encontro a sua felicidade na anarquia
De muitas vitorias, onde a estação do consumo
É fiel aos teus irmãos, e os discursos enrolados
A calmam o culto profano das barbas
Dos seus ancestrais;
Cantatas De Um Mendigo
Onde nasci e cresci
Ostentam galardões em noites de Óscares secretos
Na qual carrego em meus tristes ombros a cruz
Amarelada de um ar seco
Renunciam a minha sobrevivência, por ser confundido
Em poeta e não pertencer ao clube diabólico
Da formalidade nocturna onde projectam-me
De olhos vendados
De madrugada partem gritos dormentes nas
Estrelas, as suprimidas varrem as ruas vendendo
O troco de uma herança desajustada,
As noites são tristes! Na companhia de ratos e
Guitarras de latas velhas que, fazem do serão o iniciar
De um gesto para uma nova canção
Ouvimos gritos sofridos de um perfume proibido
Nas ruas do meu cordão umbilical reencontro a
Desgraça antecipada e anunciada pelos deuses
A verdade histórica na sensatez de bem adornar os
Caprichos verbais de uma plateia-mosca
Uniformizadas para aplaudir a dor e a nudez
Desses animais
Damos lugar aos deuses e aos magos, estas ruas são nossas
Damos lugar a quem nos aborrece, esta terra é de todos
E também daqueles que nos esquecem,
Onde nascemos e morremos!
A Pedra
Nestas portas de entrada sem cobertura e tão escura,
Entram camaleões e lições tão impuras, entregam aos
Desfavorecidos a oportunidade de olhar o sol a nascer
Mas a morrer sem nos ter aquecido as canelas (…)
A chave é dos que cruzam a mentira,
Se tem código a escola é selectiva, onde a cozinha
Não escreve o que o WC pode ler, nem o quarto lê o que
A sala sublinha!!!
Aqui a cama é inerte como candeeiro, onde os pedreiros
Alcançam e erguem a noção vaga de beijar um letreiro;
Nestas portas de entrada
Saem filhos que a vida não viu a nascer; morrem cegos
Que o mundo silenciou,
Nesta porta de saída ficam estagnados, pacientes
de ira e ferrados de sida
Todo o mundo vê o que o não podem ler!
O mundo grita o silencioso rasgado na pedra,
Festejam os contados do mar desta historia,
Este sal é de todos e também daquela vitória
Que as ondas trouxeram a margem desta aurora!
Este corredor é também o resto de Áfrika (…)
Nestas portas de entrada emigram ideias paridas
Em noites de plenilúnio, arquitectando imagens
Cidades, e alimentando o subúrbios de raiva,
Onde contam o devaneio no senso do conformismo
Nas margens destas páginas enfrento estas rochas
Que um dia… a historia guardará para nós um rodapé!!!
Somos O Resultado
De Um Episódio
Mundo de fracos imortais
Pouco provável e inquestionável é a fé dos bolsos
Dirigidos pelos diabos da nova civilização;
Tentam a olhos fechados; acabando em
Celas e tribunais julgados sem provas e
Sem testemunhas, por fim condenados
A beijar a paredes pintadas por Satã
O que tem a tábua nestes códigos
Não somo nós os culpados
Somos o resultado de um episódio envenenado
Pintado e Premiados na divergência sem
Aplausos
Quando crescemos nascemos
Quando morremos vivemos
A Timidez De Uma Voz Obcecada
Quero te chamar sonho para poder
Alimentar todos os dias a sua alma nesta
Amizade onde quem tem um amigo tem mais
Do que algo a mais! Mas a minha voz é tão pequena
Quero te chamar bondade para não desviar os teus
Olhos de quem te pede uma ajuda, mas a minha
Esperança é tão pouca para fazer você acreditar
Quero te chamar silencio!
Para reflectirmos o futuro de mãos dadas
Alimentando o seu corpo e dando prazer ao seu
Espírito, mas a minha visão é tão curta que não
Alcanço o além (…)
Gostaria de um dia te chamar Amor, mesmo não
Acreditando na sua existência, para te sentires
Amada e ajudar-te a tocar às estrelas
Navegando no Silêncio mais próximo desta ansiedade (…)
Onde Nascemos e Erramos!!!
Nascemos na ilha imperfeita e sem areia
Criados pelo tempo e alimentado pelo vento
Conhecemos os rios e os deuses,
Conhecemos a razão o contrário e outros senão;
Perdemos a glória e o valor humano
Perdemos a honra... monstros á deriva,
Guiões inóspitos desses erros lendários (…)
Descobrimos que o mundo é tão pequeno
Para pecar, tão grande para nascer que matamos
Sem permissão! A vida não nos pertence!
Nascemos na selva perfeita de árvores, abutres e
De montanhas, onde o costume se tornou beleza,
O Hábito a estética, as regras… a ilusão de cada conceito!!!
Nascemos onde os erros nos guiam
E as normas nos atrapalha…
A Alegria Nos Buracos Daquela Metrópole
Pulamos de um lado ao outro a procura dos problemas,
Tocando o estômago, na nostalgia de mendigar!
Onde as mãos para pedir e coçar as barbas são as que roubam,
O cérebro para enxergar o futuro foi atrofiado de gasolina (…)
A voz para uma canção a esta Luanda é a que inflama
O ódio e diz coisas,
(…) A alegria está nos buracos,
O amor é utopia (…) lá o paupérrimo sempre teve cigarro!
Passo despercebido transpirando a vergonha de
Muitas glorias, rasgando, o suor e o oceano de poeira
Desta metrópole; a procura de uma fogueira,
Assim como era no passado, os gritos da liberdade
São hoje os da libertinagem!
É o canto de gente e amigos de lá
Dos cómicos e trágico palcos, de crianças e glorias da velhice…
Onde a melodia de ontem, não tem proeza para o momento,
Nas ilhas e subúrbios, de jovens dos assobios
Ameaçados e bem interpretados
II
Venderam os passos da renascença
Regridem e tornam-se dependentes,
Mostrando os dentes aguçados de crença indecente;
Desumana e nojenta (…) eis o espelho da insanidade
Mental de muitos doentes,
Exausto e Satânicos «!»
Venderam a metrópole de leis imundas
Teclados por filhos de DEUS e imprimidos por pecadores
(…) As praias poluídas, às casas nocturnas;
As saias… o sangue e a raça; acabou na alegria de matar a fome!
Os filhos que lambiam as varandas, o álcool da manha
O suor químico das vitrinas; têm direito a um buraco;
Hoje choram angustiados de um passado que a historia
Não os permitiu erguer, uma escolha para o cartaz desta noite!
Juventude
Se não sabes onde estás, pergunte-se quem és,
Se não sabes o que fazer, pergunte-se com quem estás
Faz (…)
As suas ideias brilhar…
Estão nas suas mãos a força para rejuvenescer,
Acredite que podes voar e crescer!
Mantendo o seu optimismo ao nível de ser,
Diga sim a vida
Que o preconceito não deve existir
Diga sim a vida
Que o sinonimo de juventude é existir!
O valor mais expressivo e humano!!!
O cartaz real de uma espécie humana (…)
Eu sou feliz
Por que quis.
A Orquestra 2000
Perguntaram-me como começava!
…é como se o céu não existisse – o infinito não
Influenciasse a trajectória da imaginação – e o
Resto do universo fosse conhecido no centro de
Toda a dúvida…
Enquanto podem amem-se, e esquecem os
Sonhos… cantem sem perguntar as notas,
Dancem o ritmo desavergonhado de levitar a matéria
E manifestar-se nas madrugadas, como as lágrimas
De um fracassado, que caem… na ignorância de si, e lavam as mãos em soluços!!!
Longe de quem perdeu o Eu;
Próximo do embrião adormecido em cereais e a
Milhas daqueles que cresceram perdidos no oceano,
Perguntaram-me como começava!...
Finge que fazia parte do mapa, mesmo sem
Ter passado em colégios, na atrocidade de soletrar
As notas que coordenam as lágrimas desta partida, no
Som velho do piano!
(…) As colcheias arrogantes, e uma sala
Cheia de famintos… uma ópera nauseabunda
Sempre aromatizou o silêncio silenciado;
Perfilaram os pensamentos,
Nesse desdém e não afrontara os olhares, antes
Tiveram a certeza de quem sou; e depois digam-me
Se as notas enquadram-se aos berros;
Eu e os meus irmãos, fomos isolados e Humilhados
Pelos cabeludos que negaram o perdão,
Irradiados de ódio, e um medo que vence
A Sensatez da carne…
A Longa-Metragem
Deixai-me em paz enquanto posso andar
Se não roubei por que me chamam abrindo
Processos estranhos contra mim, e para o meu carácter
Absurdo, fruto do desespero e do fanatismo;
Não me olhem passem e não comentem,
Sou o adjectivo para as gramáticas do conformismo, e
Desse imediatismo uniforme que ultrapassa a memória
E as impressões do quotidiano!
Sou a fronteira para quem quer emigrar
O caminho para quem pretende chegar
Eu aqui não chego nem espero, atormentado pela
Malária do copo e outros deuses…
Deixai-me em paz enquanto posso andar,
Senão conheces o meu estômago para que as promessas?
Nasci em Catemo, cresci em Lândana passei no sul,
A oeste deste refúgio encontrei os meus restos Mortais
Submissos á esta métrica híbrida…
Socorro… Sou a fronteira para quem quer chegar;
O caminho para quem pretende partir,
Eu aqui não chego nem espero, então deixem em paz
Enquanto posso voar!
Já consigo encarnar-me em rico
Em qualquer lado onde farejo, só as moscas me
Convidam a Reunir -quem sou? Sou, o
Réu ávido advogando os diabos
Nessa ansiedades!
Sou santos, ao mesmo tempo profano,
Henoteista de coração e estúpido na fé …
Canto o Semba e danço o Kuduro,
Conheço o Carnaval e não aceito a fantasia
O Círculo Da Elegia
De longe
Tão perto e distante,
Miro os meus olhos fundidos em busca da minha
Natureza perpétua;
Nos anseios de um ego desterrado, sobre a exclusão nesta
Roda faminta das atrocidades… Fui o ventre do caos,
Hoje sou o apanágio no refrão, a rima desajustada dos
pecadores
O guião rasgado em cada soletrar,
O parágrafo hiperbolizado no circulo da elegia…
Não me olhem, passem e salivem o meu discurso,
Não tenho escolha, porque sou a oferta nas
óperas dos mendigos,
Em cada madrugada, sou o letreiro das lágrimas que não finjo,
Dividido entre o norte e o sul, Onde a Cirene
soa-me distante e os Raios do sol
não aquecem-me o estômago,
Oh! Vermes reunidos
Sou semelhante aquele que negou e não renunciou,
Diferente daquele que foi sem saber para onde,
Nos seios prometidos do refugio; e na
Geometria-Da-situaçao!
De longe só o cacimbo e o fumo me alertam…
Enxergo o nocivo lúpulo na insipidez desta corda de pontos
Anacrónico; A sentinela robusta, que alerta-me ao pó…
Quando os hipócritas aplaudem porque vou-me ausentar,
E os cabeludos beijam-se por que a sombra vai esquentar,
Na devassidão das sombras!!!
Oh… farricocos observantes
Contistas do futuro e guitarristas do lazer
(…) Deixem-me em paz, enquanto posso aceitar e não concordar (!!!)
Nos gritos da penumbra de outros DEUSES
A poesia é a minha película, na força imaginativa
De uma lenda! (…) Deixai-me em paz
Sou testemunha das ideologias e do e do império, onde
A juventude era o eco do absurdo, a transição
De uma história obliqua, o livro queimado nos pólos
Da ignorância, a voz arrastada na ingenuidade…
A gora quero ouvir quem vai falar,
A gora, quero ouvir que vai falar quando eu calar!!!
Já salivam o refrão, os rostos Renascidos-Mortos em memórias
Desarticuladas do cá, onde o sol não penetra (!!!) e os filhos
Do outro mar, já não pertencem a esta aurora,
Submissos á métrica e ao fanatismo imundo!
De acreditar na invenção dos deuses;
Com as mãos húmidas e cérebros leprosos,
Esfolhando as sombras na monotonia do desespero,
Nascidas na insolência desta distancia arrogante e idosa,
Com mãos abertas, dedos húmidos, e um espiritismos
De Submissos e submissão
Sonos cansados de mentes furadas!
Passos tímidos como as notas desafinadas de cada olhar, que
Arrastam os meus ancestrais no circulo vicioso do milénio;
O sono, o paraíso e a sanzala
I
O sono que ameaça a minha visão!
Luzes que ofuscam as palavras dos meus passos,
Caminhando em direcção de ninguém;
Não buscamos o nó da felicidade senão a incerteza
Na geometria da cama,
Na origem da inclinação a negação dos pântanos
No Inverno, não molho; seco as barbas de Fevereiro
Traçando o mapa deste espírito legal que emigram
Os pensamentos dos meus irmãos!!!
Sono nas ruas de cães sonâmbulos,
Sono na esperança do contra tétano
Sono na esperança de não mais voltar a ouvir o latir
De moribundos…
II
As forças que confiamos apodreceram
O nosso rosto entre as águas já não é o mesmo,
Usemos a força para içar a bandeira
Lutemos com novos instrumentos morais, não matemos!
Ferimos resgatando a nossa honra (?)
Ninguém deve se calar ?
Enquanto o sangue estiver a escorrer!
Ninguém deve parar, enquanto tivermos sangue para dar...
O meu testamento
Tive fundos, mundos e universos
Socorri milionários, prostitutas e corruptos,
Hoje a idade denuncia-me e a minha família antecipa
As cinzas da minha geração…
Lutei, chego ao fim da guerra!
Continueis porque restam batalhas
Escrevo este testamento, na incerteza de não a terminar
Pelo número de famílias que agora é infinito
Até sinto a felicidade no corredor da morte a irritar-me
Deixo o meu feitiço aos meus amigos, a frota de mulheres aos
Meus tios, a minha aldeia aos meus vizinhos, o parque ao
Governo, e os restaurantes ao veneno do público
Os meus gostos apurados pelas melhores coisas da vida… e um
Interesse permanente pelos valores morais mais altos aos
Esquizofrénicos na «praça» da independência
Proíbo a minha esposa de outras vontades, e oprimo as
Minhas filhas a casarem-se com vagabundos de Tókio
As contas da Rússia devolvam aos asmáticos da rua 11
Os meus filhos que se abre a aberração
Deixem o meu cargo livre, tenho a certeza de poder regressar!
Na terra onde os mortos acordam e os vivos correm!!!
O Diálogo
Descalço as minhas palavras nestas aranhas
Jogo fora a minha língua nesta subúrbio e o meu coração
Nesta rústica cidade,
Deixo de blasfemar e de sentir a adrenalina após o fedor
Do veneno que vem do pátio; o fogo ansioso em atropelar
A minha triste tradição…
Esqueço os minutos que me vendi pelos prazeres da velocidade,
Para recordar que ainda sinto saudades de voltar ao céu,
Encontrar o meu esqueleto no purgatório, e a minha sombra
Entre os artigos da compaixão, testemunhando o desprezo
Invencível dos meus detractores;
Descalço as minhas fétidas palavras neste lugar do meu
Deprimido ser, o estado lento desta harmonia deturpada e
Instável; onde os crimes incitam a criação dos deuses da
Tribuna e demónios jurídicos que não permitem levantar a
Minha infelicidade para mostrar o caminho da insólita
Depressão eterna!!!
Absolutisam as luzes; oferecendo aos fiéis os farrapos
E outras substancias nas taças desta conversa…
Este é o diálogo suspenso da minha persistência,
A desumanidade tranquila desta existência!...
Esta é a paragem obrigatória dos filhos das circunstancias,
Onde chegam e são atravessados, onde decidem e são
Interpelados;
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